PROVISÓRIOS DOCES X CONVERTIDOS CORAÇÕES

PROVISÓRIOS DOCES X CONVERTIDOS CORAÇÕES 

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

Na páscoa tão doce deste nosso tempo, tem-se morrido para o ressurgimento anunciado em tantas redes (sociais, supermercadistas, de entregas e de intrigas também), enquanto a Páscoa que importa há de dar uma passagem bem escondida em convertidos corações. Assaz vigorosa se faz referida passagem, em graça e por graça, seja o homem do cristianismo, do bramanismo, do budismo, do islamismo etc., mesmo que fervoroso e tão pleno de súplicas, ou não; e isto é válido também para ateus. A graça torna aborrecida a divina providência, mesmo assim sem Lhe cessar a Misericórdia. Já os doces pelos quais se ressurge em tantas redes, tantas vezes se tornam salgados, em consequência de glicemias extravagantes, até o ponto de o descontrole descontrolar o bem-estar de tantos. Pois não somente de doces se suportam os vivos da vida abundante que, de doce, precisam do sal para se prevenirem do mal e se conservarem no bem. A páscoa com o “p” minúsculo, pois, tem sido a passagem de tantas e quantas ofertas, embalagens de doces em variegadas e extravagantes cores, formato oval enganador que, de ovo, nem mesmo se envergonha dos exagerados tamanhos estranhos àqueles reais da dona e senhora natureza. E o cronista, como visto, fica qual um pé cá e outro lá, uma hora se envolvendo com os doces e os seus sais, outra, se atendo à passagem salvadora de corações, porque convertidos deveras. Mas, logo, nem propriamente o cronista, que é carne, mas o Eu nele direciona a força (só a divindade sabe como), a força  – vinha ele digitando – da ponta de um dedo sobre o  teclado de um tablet, ele Eu sem aquelas mencionadas vestes do cristianismo, do bramanismo, do budismo, do islamismo etc., tão menos importantes como os próprios representantes dos tais segmentos de religiosos propósitos. É em senda de espírito, em espírito, por espírito, em divina inconsciência, que a passagem de “P” maiúsculo ativa-nos o Eu-divino, leitor,  em gozosa expectação, onde o Mal, em seu si e em meu mim, não resiste à refrega com o crístico de Amado Filho, conforme assim compraz à Divindade, porque, face divina promessa, o tal Mal ficou limitado a poder somente ferir até a altura de calcanhares; mas o Filho Amado, este fere cabeça. Enfim, leitor, não se permita nunca a sua carne nem muito menos a minha, em primazia, assistindo e gozando essa passagem de Páscoa com “P” maiúsculo; pura ilusão da carne deste mundo…