MARCHA PÁRA JESUS
(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)
Realmente, ele não está parado só por causa de uma marcha. Essa Sua condição estática de mundo reside em Se Lhe haver estagnado um público ministério que abraçou e viveu; intensamente viveu. Hoje, na visão e nos ouvidos de uma multidão presente e agitada de ruas, de avenidas e de praças que se multiplica em aparelhos de rádio e de televisão, Ele é mostrado e bem demonstrado numa paralisia que se contrapõe ao dinamismo contagiante de um ministério de tantas realizações sagradas em situações de profanos. Ele então é feito parado no sentido verbal de uma voz passiva, de modo tal a Lhe não se poder imputar culpa nenhuma. A multidão em delírio segue uma marcha cuja destinação se inclina para Ele; assumem-se e se dizem convictos de serem Dele. Todavia, não se dão conta de que O estão lançando numa paralisia de quantos não enxergam que, no lugar dessa marcha que pára, o para de uma destinação e de uma finalidade morre a falta do “amai-vos como eu vos amei”. Pois amam assim, na exata consonância dessa angular frase, se com fé e sem pretensões pessoais, os que encarnam bons samaritanos (Lucas, Capítulo 10, versículos 30 a 37); os que se dispõem a encher, por suas mãos, talhas que podem conter água que se transforma em vinho (João, Capítulo 2, versículos 1 a 12, especialmente o versículo 7); os que se assumem com coragem para tirarem a pedra que tranca sepulturas e verem ressurrecta a carne de um morto (João, Capítulo 11, 39 a 44, especialmente os versículos 39 e 41); os que se aceitam sucumbidos, pela própria força bruta aparentemente suicida, destruindo edificação inimiga e, com ela, os que nela se encontravam em diversões e zombarias (Juízes, Capítulo 13 e seguintes); os que aceitam a ordem e lançam suas redes de pesca à direita do barco (João, Capítulo 21, versículos 1 a 6); os que, de fugitivos, aceitam-se obedientes para falarem de Deus (Jonas, Capítulos 1, 2 e 3); os que não se deixam recriminar por um “vade retro, satanás”(Marcos, Capítulo 8, versículos 27 a 33); os que não precisam ver para crer (João, Capítulo 20, versículos 26 a 29); os que adocicam, por meio de salmos, o coração devorado por violências e guerras (Salmos, de 1 a 150, apesar de 1 Samuel, Capítulo 18, versículos 25 a 27, apesar de 2Samuel, Capítulo 11, versículos 1 a 27 e muitos outros episódios violentos); os que se reconhecem com pecado e, por isso, nunca atiram nem a primeira, quanto mais tantas outras pedras (João, Capítulo 8, versículos 2 a 11, especialmente o versículo 7); os que aceitam, mesmo após duvidar, por vezes, banharem-se em água prometida como de cura (2Reis, Capítulo 5, versículos 1 a 14); os que são batizados, em água, de religiosos processos e que fazem diminuídas as tensões de maldades por respeito aos benéficos efeitos de chacras, em sua dimensão corpórea e psíquica (1Pedro, Capítulo 3, versículo 21); os que tentam levar de vencida o ego e esperam superar tentações (Mateus, Capítulo 4, versículos 1 a 11); os que tentam conduzir-se por sendas bem-aventuradas (Mateus, Capítulo 5, versículos 1 a 48); os que se comportam como ovelhas que aceitam pastores de lobos por eles pastores presos (João, Capítulo 10, versículos 1 a 15); os que não se fazem pródigos, porque tentam uma vida de respeito aos estágios naturais dela (Lucas, Capítulo 15, versículos 11 a 32); os que, ao darem uma esmola, tentam não permitirem anunciar, por trombetas, a satisfação do seu ego (Mateus, Capítulo 6, versículo 2); os que aceitam não serem dignos de entrarem e cearem com Jesus (Apocalipse, Capítulo 3, versículo 20); os que consideram relevantes as ações (como está em Mateus, Capítulo 25, versículo 35) em favor de quem tem fome (de todo tipo de fome), de quem tem sede (de todo o tipo de sede), de quem está nu (de todo o tipo de nudez), de quem está preso (de todo o tipo de prisão), de quem está doente (de todo o tipo de doença)…