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INFINITO ETERNO ETERNO INFINITO, SEM EX-ISTÊNCIA
(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)
Infinito eterno eterno infinito, vejo-os, com olhos de espírito, num vejo aparente de presente, de tempo que assim o é, presente de um agora, só que um agora sem fim e de sempre, assim central, assim estático, assim essencial, como Deus, que nunca foi nem é nem será por expressar Espírito. Deus Espírito, sem necessidade de o ser assim, Espírito, que nunca precisa ser, senão acidentalmente. Acidentalmente? Sim, o centro-estático-essencial, Deus, assim não é, e Ele, como Espírito, portanto sem manifestação, algo que se não vê, que se não pega, que se não pesa, em centro-estático-essencial, em infinidade e em eternidade, espiritualiza entidades, anjos, arcanjos, serafins, constituindo, destarte, o celestial estado da tal espiritualidade. Mas, em mistério nunca distante de amor, como Deus também o é, sem sê-lo, senão acidentalmente, Lúcifer se fazia, porque solto, tomado de estranha vontade, sua, querendo mesmo igualar-se a Deus (Ezequiel, Capítulo 28, versículos 17 e 18). Ele Lúcifer, que, em celeste esfera, de espiritualidade, não se compara com Deus-Espirito, mas se fazia importante na dita esfera, que ainda conta com os anjos, arcanjos e serafins, e, então, Miguel, arcanjo, mais que arcanjo, porque propriamente Cristo, em categoria de Filho Unigênito de Deus, entrou numa guerra contra Lúcifer e entidades que o acompanhavam, e os venceu (Apocalipse, Capítulo 12, versículo 7). Veio, em consequência, o princípio. Deus, amor, processou a ex-istência, o universo, o mundo, e, por ser amor, não cabia que tripudiasse sobre o anjo perdedor; antes, com sua Epifania, consentiu, segundo Apocalipse, Capítulo 12, versículo 9, parte final e Isaías, Capítulo 14, versículos 12 a 15, que Lúcifer fosse precipitado na Terra do mundo criado pela palavra – Fiat Lux -, poder poderoso de centro-estático-essencial, dando lugar a este mundo periférico-dinâmico-acidental. Aquele Lúcifer então se transformou em serpente-falante, como disfarce, no Paraíso, e enganou a Eva e a Adão, provocando a desobediência do não-amar a Deus de todo o coração, de todo o entendimento, mas um Adão, tempos depois, provou a forma eficaz desse amor, por vontade de Deus, de modo a se tornar um obediente que, por isso, pôde ferir a cabeça da serpente e a mantém presa até que se consumam os séculos. Este que a mantém presa é Filho Unigênito de Deus, Deus que, centro-estático-essencial, mediante poder de palavra, criou o mundo, por um querer simples, divino, e o Filho, como assim as entidades, anjos, arcanjos, serafins, não-criados, têm, naquele, a condição primogênita e que também se conhece por Miguel, arcanjo, ambos, no princípio, com a criação, tal como no ainda não-princípio, sem criação, mantêm-se infinitos e eternos, pois, se se fala em infinito e em eterno, é porque estes permanecem, jamais sendo subjugados a ontens, a hojes ou a amanhãs. Pois bem, o Eu, em Adão e em Eva, não morreu a morte das ilusões do mundo, como morridos, para tanto, não são nem foram os que, de hoje, de ontem e de amanhã, somos vivos da vida, da abundante vida. Apenas o Eu residido no Nazareno, por vontade divina, morreu a morte daquelas ilusões e pôde, destarte, prender, pelo rabo (desculpem a ênfase), a satanás, assim mesmo com letra inicial minúscula, de figura presa, mas presa apenas para o Eu residido no Nazareno. Para o Eu nos outros, inclusive para o de quem aqui agora tecla neste tablet, estamos todos, inapelavelmente, na carne, nos músculos, nos nervos, nos ossos, que, frágeis, guardam, entretanto, o tal Eu ainda sofrido das influências dessa carne, desses músculos, desses nervos, desses ossos e, destarte, no aguardo de que a divina vontade os liberte. Não duvidar, pois, nós, Adãos e Evas, vivendo no derredor do paraíso de onde expulsos os primeiros pais, somos, ex-istimos como carne, como músculos, como nervos, como ossos, todavia, neles, reside o Eu em somatório que é eterno e infinito tal qual o formato assim grafado: D-Eus. O Filho Unigênito, não-criado, como não-criados os anjos, os arcanjos e os serafins, no Céu, e o Eu em cada um de nós, homens e mulheres, na Terra, inclusive no telúrico Nazareno, como nele morreu o Eu nele residente, é preciso que, nas suas pegadas, permita Deus, a cada um de nós, que o Eu em nós encontre o que ficou profetizado em Ezequiel, Capítulo 37, versículos 1 a 10 (leiam!), ali exibida a realidade de mundo, de carne, de músculos, de nervos e de ossos, residência de Eu, que, só mesmo por vontade divina, se pode livrar das amarras dessa mesma carne, desses mesmos músculos, desses mesmos nervos, desses mesmos ossos, onde, neles, que são mundo, continua a residir o maligno, aquele anjo do mal, assim como muito bem afirmado na 1ª Epístola de João, Capítulo 5, versículo 19, parte final (leiam!). Ah, como é mesmo de arrepiar esse poço do mal o episódio narrado por Ezequiel, no Capítulo 37, versículos 1 a 10, nesse agora de sempre crístico, de Reino que se não finda, livre dos limites de profética visão, como a do versículo 11 do dito Capítulo de Ezequiel, episódio aquele, pois, onde só mesmo o poder e o querer divinos brincam com essa realidade frágil, já morta, e a faz viva, com ossos revestidos novamente de carne, de músculos e de nervos, porém refletindo o poder maior, o do Espírito, este, sim, eterno infinito infinito eterno, sem necessidade de se dizer que Deus é, pois, como Espírito, não pode ser e sim infinito eterno eterno infinito, sem ex-istência.