FUGA DE ENGANO

FUGA DE ENGANO

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

…é assim, despedidas que doem o apego aos saudáveis costumes; melhor, afinidades de laços que não desatam a indimensão de espírito nos  ajustes ao infinito (do sem limites) e nos ajustes ao eterno (do sempre); resignar-se com a Verdade: não é nada bom ver alguém atolado em desesperos. Um forte e sentido abraço nessa dor é o que parece bastar. Mas, como? Como, sim. É preciso comer. Só mesmo comendo o suor do rosto, aqueles suores de rios de sofrer. Não precisa buscar mais (suores), além dos que se mostrem normais. Assim, essa busca, mais que parecer, é sadismo dos algozes de si mesmos. Também, a submissos, vão as indiferentes distâncias. Viver, pois, uma verdade…, errado, errado, errado, mas viver vivendo verdade, sem necessidade do ser verdade assim destacando-se. Ela, com V maiúsculo, basta; basta-se e se nos há de bastar. Pois essas despedidas, como portas de passagem, não passam; passarinhos alegres de cantos fúnebres – eis a cruz dessa encruzilhada santa;  isto se não for aquela dor de doer o mal inafastável das vidas de carne. Ah, Espírito! Um nome, de qualquer forma. As suas (formas) escondem-se nas fôrmas sem formas de Não-ser. E sabeis, leitor/ouvinte, quem é Este? Se sabeis, estais perdidos. Saber é limite limitado de homem, nunca de Eus como integrantes de D-Eus. Sabeis de despedidas, mas sem este saber elas (as despedidas) se perdem no nada que sempre nadifica, em Espírito avesso a substantivos, sobremodo se abstratos. Não e não e não e não. É mais fácil e simples dizê-los (os nãos) com sonoros ãos repetidos no melhor gosto, em gesto de saudável audição, sem trepidantes fricções para almas atormentadas. Já o sim, o sim, o sim, o sim, em insistente e sonoro im, também é medonho dos medos de uma coragem que sempre se tem; mas sempre de ledos enganos. Por que, Espírito? O porquê do teu Não-ser invada-os sempre, gloriosos Eus. E vão-se-lhes tantas desperdiçadas despedidas. Também pudera, só o olho de espirito permite o ver do céu que se não entrega a veres acidentais, como os de um provisório mundo, tão pleno de surpresas e de incertezas. Despedidas, então, não matem, pois Espírito substantiva uma inexistência perene de D-Eus, num bendito plural de tantos e de santos e de salvos e de agraciados Eus; assim, um céu de alegrias tantas, em cânticos que cantam e encantam os anjos enganadores da morte, com a prevalência da suprema vontade, sempre.

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