FOGO DE MONTURO X FOGO DE OURIVES

FOGO DE MONTURO X FOGO DE OURIVES

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

Em termos de fogo de monturo x fogo de ourives – está-se diante do que queima, evidentemente. O fogo, tanto num caso, como no outro, é o mesmo. É aquilo que queima, que extingue, que devora. Contudo, há como se tirar proveito desse fogo, desde que sabendo não propriamente manipulá-lo, mas tendo em vista o algo que, com ele, se trabalha. Se ele é do tipo que se ateia com a ideia somente de destinar a destruir, num caso e no outro, ele não perde essa sua vocação. Ele sempre queima, extingue, devora. Senão não seria fogo. É que ele é algo com que não se brinca. Com ele, sim, simplesmente se deve trabalhar, se pôr a executar algo com o peso do suor do rosto; e, nesta condição, inapelavelmente. E, aqui, entra a distinção entre fogo trabalhado e fogo trabalhoso. Este, de controlado, de início, torna-se, depois, incontrolável. É como o fogo de monturo. E este é uma situação em que se pega de surpresa. É como falsidade de uma pessoa. É o que queima por baixo, sem que se perceba. Silencioso e sorrateiro. Torna-se, pois, trabalhoso; para quem o ateia e para quem termina por ele ateado. Mas, o fogo de ourives é o fogo trabalhado. É aquele do qual se opera um bom resultado. É o fogo empregado na medida certa. Nem para mais nem para menos. Purificar com o fogo. É assim o fogo de ourives, que tem essa exata destinação. É bíblico (Malaquias, Capítulo 3, versículo 3). Quando se fala em sacerdócio, esse fogo, simbolicamente, serve para retirar impurezas; este é o sentido, no ofício divino, comparativamente. Veja-se o ourives purificando ouro ou prata. Ele se utiliza do fogo, mas um fogo que não pode nem deve ser de mais nem de menos. Ele atinge a exatidão, quando o ourives vê refletida,  no ouro ou na prata, a sua imagem, a própria imagem do próprio ourives; é este o ponto. A prata e o ouro estão puros, puríssimos; comparativamente, o sacerdócio é afinado com o Senhor, é puro, puríssimo. Não é nunca sacerdócio de interesses. Também não é sacerdócio com sacerdote de um pai e de uma mãe. Ele, assim purificado, não tem genealogia, tal qual é o sacerdote Melquisedec (Gênesis, Capítulo 14, versículo 18 e, Hebreus, Capítulo 7, versículos 1-3). Abraão, como um verdadeiro ourives, trabalhou esse fogo de purificação, eis que não se absteve, e deu o dízimo a esse verdadeiro sacerdote. Tudo isso, bem se ressalte, não sendo Abraão aquela figura, de carne e osso, antes, sim, figura e estampa de Abrão. Porque, em promessa, transfigurou-se-lhe, em espírito, de espírito, por espírito, de sorte a poder, mediante uma promessa, ter uma descendência tão numerosa quanto as estrelas do céu. Mas não foi Abrão quem teve essas numerosas estrelas, conquanto o texto divino conduza, em primeiro plano, a isso, com os seres de um casal; já tão velho ele, e ela, já passada do tempo de ser mãe. A mãe, aqui, em espírito, de espírito, por espírito, de uma infinidade de Eus integrados àquele que tudo pode, o Senhor. Então, quantos dorieis, no hoje deste escrito, confundem-se com o alongado ão sonoro de Abra…ão, a significar que a promessa fez de passageiros que pudessem ter sido o constante do eterno e o sem limite do infinito no conjugado agir divino, que sempre prospera e de vontade exclusiva, sua, impera e impera e impera. Deus trabalhando a liberdade, mediante um filho de promessa, sendo este, como aquele Abraão, necessariamente, todo aquele, em espírito, de espírito, por espírito, que sai de sua terra e de sua parentela (Gênesis, Capítulo 12, versículo 1 e, Lucas, Capítulo 14, versículo 26). Transpassa o autor de tão modestas linhas literárias e, de doriel, como de Abrão de carne, cuida-se de se prevenir contra presunções de atributos divinos como seus, e, já não mais em sentido de ter que religar, exibe o Abraão de sempre, em sacerdócio de verdade, nunca como fogo de monturo, jamais, e, sim, como um fogo de ourives. Permite-se, destarte, com um nome pessoal, o seu, mas sem bandeiras de que valham como dons seus, fazer de escritos inspirados, num projeto chamado de SUBINDO O MONTE e consoante uma forma de divulgação especial, o fogo de ourives que vai servindo a mostrar o rosto alegre e feliz de quantos, em espírito, de espírito, por espírito, podem ter o espírito visualizado pelo divino. Simples, assim, nesse projeto de dorieis transformados como os tantos elos de uma corrente de sacerdotes crísticos, a nunca e não admitirem-se, mas a se advertirem de uma genealogia que não têm nem podem ter realmente… jamais!

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