DE AJUSTES… DE PESSOALIDADE PARA IMPESSOALIDADE

DE AJUSTES… DE PESSOALIDADE

 PARA IMPESSOALIDADE

          (Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

(1Cor 13,1-10) “Se eu falasse as línguas dos homens e as dos anjos, mas não tivesse amor, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine. 2. Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, eu nada seria. 3. Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres e até me entregasse como escravo, para me gloriar, mas não tivesse amor, de nada me aproveitaria. 4. O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; 5. não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não leva em conta o mal sofrido; 6. não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. 7. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo. 8. O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá. 9. Com efeito, o nosso conhecimento é limitado, como também é limitado nosso profetizar. 10. Mas, quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito. 11. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. 12. Agora nós vemos num espelho, confusamente; mas, então, veremos face a face. Agora, conheço apenas em parte, mas, então, conhecerei completamente, como sou conhecido. 13. Atualmente permanecem estas três: a fé, a esperança, o amor. Mas a maior delas é o amor”

(1Cor 13,1-10) “O Eu divino no meu mim fala as línguas dos homens e as dos anjos, e tem amor, pois o meu mim é como um bronze que soa ou um címbalo que retine. 2. O Eu divino no meu mim tem o dom da profecia, conhece todos os mistérios e toda a ciência, e o meu mim pode ter toda a fé, a ponto de poder remover montanhas, porque aquele Eu tem amor. 3. O Eu divino no meu mim gasta todos os meus bens no sustento dos pobres e até me entrega como escravo, para me gloriar e tem amor e por isso tudo Lhe aproveita”. Aqui, nesses versículos, até o versículo 3, inclusive, sem se tomar o cronista de temor pelas reprimendas das pragas contidas em Apocalipse, Capítulo 22, versículo 18, fez-se o ajuste necessário no texto dos tais versículos, com o fito de realçar a impessoalidade ordinária do Eu divino. E, então, prossigo com o texto inalterado do Capítulo 13 de 1ª Corintos: “4. O  amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; 5. não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza, não leva em conta o mal sofrido; 6. não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade. 7. Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo. 8. O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá”. Voltemos, porém, a partir do versículo 9, a novos ajustes: “9. Com efeito, o conhecimento do meu mim é limitado, como também é limitado seu profetizar. 10. Mas, com o perfeito no Eu divino no meu mim, desaparecerá o que é imperfeito. 11. Quando o meu mim era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando meu mim se tornou adulto, rejeitou o que era próprio de criança. 12. Agora o meu mim vê num espelho, confusamente; mas, então, verá face a face o Eu divino em meu mim. Agora, o meu mim conhece apenas em parte, mas, então, conhecerá completamente o Eu divino no meu mim. 13. Atualmente permanecem no meu mim estas duas condições: a fé e a esperança. Mas a maior delas, o amor, permanece no Eu divino“. Deu para entender, leitor? Mas, não é mesmo para entender. O impessoal do Eu divino, só Deus, em sua exclusiva vontade, sabe-o, sem saber, porque este saber é limitado ao limite do meu mim. E do teu ti também, leitor, leitora. Apenas o mim e o ti, leitor, leitora, se deixam preencher de fé e de esperança, coitados, para que, por misericórdia, o amor opere no Eu divino residido em mim, no Eu divino residido em ti, leitor, leitora. E assim, sai-se da trilha da pessoalidade, que o Apóstolo Paulo nunca quis assim situar, de verdade, apenas o ajuste necessário socorre agora o amor que só atua no Eu divino e nunca só no mim de ninguém,  nem mesmo só no do homem Paulo, nem mesmo só no do homem Jesus. Pragas? Não hei de temê-las, ante a necessidade dos ajustes – só para melhor clareza. Aliás, o texto bíblico ora em consideração aparece numa estranheza do condicional, utilizando o modo verbal subjuntivo, no tempo imperfeito do referido modo (se eu falasse e se eu não tivesse), para concluir com o futuro do pretérito do modo indicativo (seria). Fica-se, portanto, na pessoalidade que reclama ao homem, em carne, o amor, mas este humano, puramente, não pode sê-lo nem exercê-lo. Dê-se, pois, ao Eu divino, no homem, a primazia, já que o amor a que se refere o texto é da parte de quem amor é: Deus. O homem, em sua carne, conquanto residência do Eu divino, é pouso do Maligno, porque é mundo (Romanos, Capitulo 7, versículos 14 a 25; 1ª João, Capítulo 5, versículo 19, parte final; 1ª Pedro, Capítulo 5, versículo 8). Então, esse pouso é incapaz, por si só, de abrigar a paciência e o ser benfazejo, é capaz, sim, de ser invejoso, presunçoso e orgulhoso, faz tudo de vergonhoso e é interesseiro, encoleriza-se e leva em conta o mal sofrido, alegra-se com a injustiça e fica triste com a verdade. Ademais, o Eu divino no meu mim é igualzinho, sem tirar nem pôr, ao Eu divino em ti, leitor, leitora, não diferem em idade, que não a têm, por serem eternos, não brigam por espaços, por que são infinitos, não disputam religião, pois são o céu aqui na terra, não se dividem em raças, pois são puros e translúcidos, só possuem uma língua e linguagem únicas, a língua e a linguagem do amor. Assim, só o amor pode desculpar tudo de ruim do meu e do teu ti, leitor, leitora. Só o amor crê tudo, espera tudo, suporta tudo da parte de quem é fraco, o meu mim, o teu ti, leitor, leitora. O amor jamais acabará, mas profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá. Essa diversidade de Eus divinos, contudo, em essência, se posta como em unidade, tal como o centro-estático-essencial, Deus. É mesmo como um aparente somatório de Eu + Eu + Eu + Eu + Eu + Eu, indefinidamente, resultando em D-Eus, ou seja, como o amor que nunca acaba, tanto o Deus, como o Eu. Então, o homem-criança vê com olhos de carne, confusamente, mas o Eu divino, nele homem, não. Com o perfeito no Eu divino em meu mim, o Eu divino, em olhos de espírito, em espírito, por espírito, vê face a face Deus e ele, o Eu divino, e vice-versa, quadro de perfeição, até mesmo em celeste estado imune à Epifania do próprio Deus, excluída, inclusive, a conformação antropológica de quem tem faces…

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