CORAGEM DE PAULO X EU PERSONAL ECLIPSANTE; DEBALDE

         CORAGEM DE PAULO X EU PERSONAL ECLIPSANTE; DEBALDE 

        (para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

        Quão difícil entrar em mim. E penetrar o outro? Pode ser o mais próximo, até mesmo um parente, o irmão, o pai, a mãe. D- sabe. Um sabe que é limite de humano ser. Pois D- lhe não importa que saiba. Sábio, isto é condição de homem, não Dele, de D-. Vezes tantas, nunca raras, dou-me conta de mim. Da realidade que sou. Não devia, mas é constante que me esqueça. E esqueço o outro, que tanto se diz e se consente como próximo. O meu mim se me apodera tanto, tanto, tanto. Faz um círculo em torno desse meu mim. E cega-me e me fica distante, por demais, ver o outro; senti-lo, tendo uma intimidade com ele. Esta é a cegueira do ego que me põe a trave no olho. Penso-me em retirá-la desse meu pobre mim. Mas é só penso de um fugaz alívio. Não posso pensar o meu mim disso, em um indefinido definitivo. Aliás, que ótimo seria que pudesse ir além do pensar de pensamento. Pois o bom seria aquele pensar de lenitivo, de sarar. Doido ou doído, então, esse mim me prega e me prende. Dizer da trave no olho e o poder que possa ter em retirá-la, mas com qual eficaz exercício? O mim é desprovido de tudo para o todo de pretendida empreitada e final sorriso de conquista. A trave está lá – é errado assim dizer. Ela não está simplesmente. Ela é lá, inamovível; pelo pobre próprio mim, não se lhe pode estremecer a estrutura. É trave de delícias, ainda decorrência daquelas delícias paradisíacas de uma inocência… “Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho?” – Mateus, Capítulo 7, versículo 3. Ah, não deixar o mim enganar-nos? Mas, ele engana, sempre. Pois quando não é uma trave é um cisco. Pouco importa. Nenhum deles presta. Não é a trave por ser maior nem o cisco por ser menor. Ambos pertencem ao mesmo mundo do pobre mim tanto meu como no si de vocês, meus compenetrados leitor e leitora. Sim, procedo digitando a palavra “meus”, se me apropriando, destarte, do que é possível porque passível de apropriações. O meu mim me prende numa trave e prende vocês, como próximos, num minúsculo cisco, quando e onde busco vocês e os enxergo em cegueira de mundo. Encaro-me, acanhado, e encaro-os, também, meus leitores e leitoras, e vocês, por certo, tanto como eu anelo para mim, outro tanto anelo que tenham igualmente esse acanhamento. Tudo como fruto de uma ciência, que começa tímida, e vai provocando o cerne em discernimento, quando então atingida uma tal maturidade, como essa nossa, sem descartar que há tantos tão idosos e imaturos, coitados, dele discernimento, então, desprovidos. O discernimento em mim e em vocês que me lêem põe a nós todos e a todos nós como acabrunhados, porque conscientes do limite do mim, que é provisório de uma acidental feição, a qual briga, inutilmente, com o essencial da verdade; isto quando se o tem, evidentemente – o tal discernimento. E sempre, como debaixo de uma capa, ele, o discernimento ou o não-discernimento fazem-se acompanhados do que permanece no meu pobre mim, e no si de vocês, e no de quem quer mais que seja, inclusive no si de um tão conhecido nazareno. Pois um paulo, corajosamente, como acidental provisório, em respectivo “essencial” desse acidental, foi profundo no fundo de ser de um mundo que passa, marcando, presente e indelével, um Mal que é próprio do si de quem, como ele paulo, assim o tenha proclamado. Preciso então que um riso me faça e a vocês também alegres e felizes, a carne, com ou sem discernimento, em inconsciente, abrigando o Eu. Eu de plural Eus, sem uno deixar de ser, de diversidade em unidade, integrado, por amor e por vontade de D-, tornando Este em D-Eus. Hei de ser, então, sincero tanto quanto ou até mais do que paulo e colocar, na ponta dessas minhas considerações, o que ele deixou corajosamente dito em Romanos, Capítulo 7, versículos 14-24: “Sabemos que a Lei é espiritual; eu, porém, sou carnal, vendido ao pecado como escravo. De fato, não entendo o que faço, pois não faço o que quero, mas o que detesto. Ora, se faço o que não quero, estou concordando que a Lei é boa. No caso, já não sou eu que estou agindo, mas sim o pecado que habita em mim. De fato, estou ciente de que o bem não habita em mim, isto é, na minha carne. Pois querer o bem está ao meu alcance, não, porém, realizá-lo. Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero. Ora, se faço aquilo que não quero, então já não sou eu que estou agindo, mas o pecado que habita em mim. Portanto, descubro em mim esta lei: quando quero fazer o bem, é o mal que se me apresenta. Como homem interior, ponho toda a minha satisfação na Lei de Deus; mas sinto em meus membros outra lei, que luta contra a lei de minha mente e me aprisiona na lei do pecado, que está nos meus membros. Infeliz que eu sou! Quem me libertará deste corpo de morte? Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Em suma: pela minha mente sirvo à Lei de Deus, mas pela carne sirvo à lei do pecado”. Por isso, saio de mim, não, não, e não! Nem assim vocês que me lêem. Longe de choques provocados por tais palavras de paulo, sentimo-nos aliviados pela consciência do que somos nesse mim e nesse si de vocês e de tantos incontáveis outros de todos os tempos, de todas as raças, de todas as condições sociais, econômicas, financeiras, políticas, carregadores desse peso como representações inamovíveis por humano querer. Qual peso? Aquele que nos exibe seja como herodes, ou como pilatos, ou como anás, ou como caifaz. São representações que se não limitam ao tempo histórico dos citados conhecidos personagens, mas abrangentes de uma abrangência como a de um mundo de suporte da precipitação de um infeliz anjo perdedor de uma guerra, no céu: Lúcifer. E, como se ainda não bastassem os herodes ou pilatos ou anás ou caifaz, ainda se nos deparam os pedros, que negam, os judas, que traem, os paulos e tantos quantos outros mais, teimosos de representáveis salvações personais. Ah, como são tantos esses que se vestem numa veste dita especial. A representação dos herodes e dos pilatos, como dominantes, na órbita civil dos tempos de guerra das armas que matam ou dos tempos ditos de paz com a cobrança a contragosto do que se chama imposto ou a representação dos anás e caifaz, como dominantes, em órbita dita religiosa, como pretensiosos aprisionadores de D-, enquanto se arvorem de vontade de homem. Todos, os anás e os caifaz, cada um deles, como já dito, em suas roupas especiais, carregadas de cores de significações diversas. Pois há os de vestes e os desvestidos, para ambos a roupa é um vale nada. Eus integrados a D-, assim: D-Eus. Eus sem paramentos, vontade pura de D- a salvá-los das influências de carne de mundo acidental provisório onde o Mal vive a rodeá-lo. Mas o eu personal, que teimoso! Por certo, dentre todos os disfarces do anjo do Mal, esse enganador seja o maior, o tal eu personal. Não há ser nascido de mulher imune a suas influências. Ele é gordo de ânsias. Os homens, como dominantes ou como dominados, a ele se subordinam. Submetem-se a uma organização e valorizam tudo em torno dela. E haja personagens. Eles fazem por onde seja difícil entrar no mim de cada um dos indivíduos personalizados. Assumem-se como se o senhor de tudo. A academia é o novo paraíso. Tudo depende dela. Os homens jogam o jogo das influências de homem. Dizem-se uns sábios, outros, cientistas, políticos. Rotulam-se. E assim, como dito já bem no início deste texto, o contexto fica intrincado e de difícil penetração. O “conhece-te a ti mesmo” cede lugar que resulta institucionalizado. Então, o que vale não é o meu mim, muito menos o si de vocês que me lêem. A imaginação e a memória do “essencial” do acidental do mundo ganham a condição de farol, pelo qual todos se devem uma adequação. E se faz do conhecimento compartimentos intrincados, tantas vezes de complicado entendimento. Quer ver se digo verdade? Abra um compêndio de matemática, outro de biologia, outro de física, outro de química. Na literatura, a ficção passeia numa ação criadora e criativa de cadeia de fatos e pessoas como se de uma realidade pujante. E na religião? Tem-se a tônica de uma pessoalidade. Não poderia ser diferente, quando o grandioso disfarce enganador atende pelo nome eu personal.  Veja-se o homem que prega, sim, lembrando que pregar é dizer o mesmo que bater o prego. Ou seja, bate-se tantas e tantas vezes e o propósito é este mesmo de insistir, insistir, insistir, fazer entrar na cabeça das pessoas aquilo que se pretende como um direcionamento. Termina sempre o pregador como “a estrela”, como o centro, assim prevalecendo o eu personal. O Eu, que, infinito (sem limites), eterno (de sempre), sem mesmo precisar, recebe do eu personal o passo apressado de quem sempre quer chegar primeiro, na “crista dos acontecimentos”, como se costuma dizer, tratando-se um tal comportamento nada mais do que simples e pura ilusão; ilusão, contudo, que lhe é uma “festa”, a contagiante e inebriante sensação de se sentir bem, como “dono do pedaço”. Daí a grandiosa dificuldade de anuir a cruel realidade alhures tão bem explanada por paulo, antes de se admitirem o meu mim e o si de quem quer que seja consoante aquela descrição paulina, o eu personal avantaja-se como se pudesse ser mais do que sempre é menos, porque acidental provisório, mesmo com um respectivo “essencial” do dito acidental, dono exclusivo de um criar imaginoso e também memorial. E os homens aceitam-se nessas circunstâncias, por lhes ser mais aceitável a dominância do eu personal do que a cruel realidade de seus membros, mediante os quais só agem no Mal que neles se retém, advindo da precipitação daquele anjo Lúcifer para o mundo da criação de uma lux de um fiat, ao que bem sabe o “essencial “ do acidental provisório, mas D-, com Eus = D-Eus, infinito, eterno, se assim se epifaniza, inclusive em relação àquele anjo, por amor e por razão Dele é que isto plenamente justifica. Então, coragem de paulo x eu personal eclipsante; debalde.

SER MUNDO, QUE TÃO FÁCIL E COMPLICADO É

SER MUNDO, QUE TÃO FÁCIL E COMPLICADO É

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

Ser mundo, que tão fácil e complicado é. Mundo é o acidental provisório que se torna “essencial”, pois, sem ele (o acidental), deste “essencial” se não poderia ter noção mínima ou mesmo noção nenhuma. O “essencial” do acidental move-se num mover nada parecido com o mover do acidental provisório do mundo. Por que nada parecido? É que ele é tanto criativo, via imaginação, via memória, limitado, mesmo assim passível de uma cumulatividade de sua historicidade, enquanto o acidental, em si mesmo, é estúpido de uma vocação de auto destruição, tal como a lesma que se consome à proporção que se vai deslocando, como reconhecido pelo salmista (Salmos, Capítulo 58), no que trata acerca do Mal, especificamente no versículo 8, onde alude àquele invertebrado tão aparentemente interessante quanto prisioneiro de uma realidade cruel, refém de um próprio andar consumativo, assim como, aliás, acontece com o conjunto dos seres vivos, mundo acidental provisório que propriamente o somos também e em autodestruição escatológica. Lado outro, que nem lado é, nem assim o pode ser pelo “essencial” do mundo, o verdadeiro essencial livra-se de ser assim ou assado, eis que eterno (de sempre), infinito (de ilimitado). Esse mundo acidental provisório, bem ou mal, o conhecemos, de alguma forma, pelo seu “essencial”. Aprendemos sua aprendizagem. Aliás, desde o nosso começo quando bebê, como ele tanto se desenvolve!, adentrando o academicismo, tal como agora, neste texto e contexto, que é tanto acidental provisório e nada essencial de verdade, mas tudo de “essencial” por parecer conter aquele; necessariamente. Então, aquele “essencial” necessário ao acidental nada nadifica nem edifica o verdadeiro essencial, que se entende, no provisório acidental, pelo “essencial”, como D-. Este, amor, razão, celestial de cenário sem ser, com anjos, arcanjos, querubins e serafins, tantos, tantos, tantos, tantos, em “matemática sem contas”. Dentre os anjos, o acidental provisório, pelo seu “essencial”, estima e agasalha um anjo Lúcifer, mesmo bem mais próximo de D-, por mistério envolvido com semente do Mal. É mistério mesmo, o mundo acidental, pelo seu “essencial”, assim estima mas não ultrapassa nada além desse não ser não sendo mistério! Por isso, em “clima” que direcionava como para uma porta de saída, apontando um estranho querer contraposto ao do divino D-, assim aquele Mal de mistério. Ele era a beleza, a formosura, fazendo comércio de si mesmo (Ezequiel, Capítulo 28 versículos 17 e 18), na “luciférica” contraposição, segundo a qual se pretendia assumir como D-. Mas D-, lucífero, em fiat lux, já suplantando Lúcifer, em guerra, com o Unigênito Filho, que é Miguel arcanjo, venceu-o, e o amor e razão de D-, incompatíveis com o aniquilamento dele Lúcifer, precipitou-o para a terra do mundo decorrente da lux daquele fiat. Ora, o “clima” de céu se transporta para a terra não somente via uma precipitação, como a de um Lúcifer angelical, mas também com Eus que fazem com que se integre D- com Eus = D-Eus, assim podendo nos expressar só mesmo em uma língua como a nossa, a portuguesa, que privilégio! Pois a pobreza da língua inglesa, por exemplo, de God, para D-Eus, não nos permitiria tamanha facilidade de expressão. Esse Eu, na terra, veio como um residido em carne de Adão e em carne de Eva, com divino soprar que torna ânimo de alma. E esse Eu, do céu, como do céu, também, o precipitado Lúcifer, o lugar de proteção para aquele foi em paradisíaco jardim edênico, onde delícias se sobrepõem ao conhecimento. Enquanto Lúcifer, agora diabo ou demônio, ficou a dominar o mundo todo, vivendo a rodeá-lo (Jó, Capítulo 1, versículo 7, 1ª Pedro, Capítulo 5, versículo 8 e 1ª João, Capítulo 5, versículo 19, parte final). Ele que, com o disfarce de falante-serpente, enganou a Eva e a Adão, fazendo-os cair em desobediência, razão por que foram expulsos do jardim paradisíaco. Em todos os tempos seguintes, o mundo é o derredor desse jardim, onde labutam os homens e as mulheres. E um processo de representação, nesses tempos, inevitavelmente, mortifica-os, sempre e cada vez mais. Porque os homens e as mulheres desse derredor são mundo. E o Mal é intrínseco ao mundo. Assim, no mundo acidental provisório, a vida, acidental provisória, submetida a um fim (escatologia), abriga provisórios vivos, entre os quais, homens e mulheres. Estes, quando não sendo herodes, são pilatos; quando não sendo anás, são caifaz. E, pior, ainda, não escapam dos pedros, que negam, não escapam dos judas, que traem, não escapam dos paulos e de outros tantos, enquanto personalizando salvações. Nessas colocações, atribuídas a tempos diversos, e totais, os citados personagens não devem ser apenas os históricos de um certo e determinado tempo, mas abrangentes de sentido, em todas as direções temporais. Observar é preciso que tanto o mundo para onde precipitado Lucifer como a carne dos Adãos e das Evas padecem do que, corajosamente, está proclamado em Romanos, Capítulo e versículos já citados alhures: “Sabemos que a Lei é espiritual; eu, porém, sou carnal, vendido ao pecado como escravo. De fato, não entendo o que faço, pois não faço o que quero, mas o que detesto. Ora, se faço o que não quero, estou concordando que a Lei é boa. No caso, já não sou eu que estou agindo, mas sim o pecado que habita em mim. De fato, estou ciente de que o bem não habita em mim, isto é, na minha carne. Pois querer o bem está ao meu alcance, não, porém, realizá-lo. Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero. Ora, se faço aquilo que não quero, então já não sou eu que estou agindo, mas o pecado que habita em mim. Portanto, descubro em mim esta lei: quando quero fazer o bem, é o mal que se me apresenta. Como homem interior, ponho toda a minha satisfação na Lei de Deus; mas sinto em meus membros outra lei, que luta contra a lei de minha mente e me aprisiona na lei do pecado, que está nos meus membros. Infeliz que eu sou! Quem me libertará deste corpo de morte? Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Em suma: pela minha mente sirvo à Lei de Deus, mas pela carne sirvo à lei do pecado”. Portanto, o vigor advindo das delícias edênicas a Adão e a Eva, era em tal eficácia que, embora expulsos do jardim, a visita da iniquidade dos pais nos filhos (Êxodo, Capítulo 20, versículo 5) precisou de gerações e de gerações e de gerações para o vir diminuindo (aquele vigor). Tanto que, ali mais próximo do ato da expulsão, nomes, tantos deles, somaram anos de vida que homens de hoje ficam na expectativa-limite que é de apenas um somatório de até 120 anos (Gênesis, Capítulo 6, versículo 3), enquanto os daquelas antigas gerações somavam mais de novecentos anos de vida, a exemplo de Matusalém. Isto é apenas demonstração do lado característico, inafastável, de um mundo acidental provisório, mesmo contando com um “essencial”; demonstração puríssima de que o acidental provisório, originário de uma lux de um fiat, caminha, inexoravelmente, para um fim (escatologia). Então, tanto o Eu, como o Lúcifer precipitado expõem-se às fraquezas do mundo, que é onde se aninham tantos disfarces, hoje, cada vez ainda maiores do que o disfarce de uma falante-serpente que agiu no paraíso. Como expostos são os Adãos e as Evas do derredor daquele paraíso, derredor esse que é o mundo, o acidental, provisório, pelo respectivo “essencial”, co-manda tanto as diabruras como os acuados Eus, ambos reféns da condição provisória do mundo que implica a fraqueza da carne a causar influência tanto a diabruras como a Eus desobedientes. Embora impossível, a libertação do mundo acidental e o respectivo “essencial” desse mundo cessam-se nas suas provisoriedades e, sem eles, o texto e o contexto deste acadêmico fruto  nada influem ao verdadeiro essencial. Este não é o sendo nada que se grafa assim, sem nenhum soar vocálico: D-; contudo, pela vontade nem de mundo acidental provisório nem mesmo de seu respectivo “essencial”, mas daquele D-, por ele, não direta, mas pelo Unigênito Filho, os Eus assistem o e assistem ao impacto de arma poderosa (Gênesis, Capítulo 3, versículo 15), que fere cabeça de Mal e o prende, para livrar os ditos Eus das influências de carne, e assim serem salvos, com, em e por D-EUS. Enfim, ser mundo, que tão fácil e complicado é. Fácil, em razão de apenas um “porquê” para o seu aspecto intrínseco de limitação, vocacionado a um fim; complicado, por serem tantos os “porquês” que se não bastam, eis que, na esteira destes, há, ainda, os “para quês”, um emaranhado, portanto, como de uma contramão que desafia sodalícios acadêmicos de toda a ordem, precisando os homens e as mulheres, acidentais provisórios, no “essencial” de suas imaginações e de suas memórias, porem como em códigos seus os códigos próprios que se exibem estúpidos em vocação do fim de fim a que se prendem. Daí que o arrastar inevitável da lesma não impede, antes propicia a criação paralela de um fiat lux, decorrente e nada semelhante àquele do essencial verdadeiro. Mergulham os homens e as mulheres num perfeccionismo acadêmico penoso e tão difícil, em compartimentos ditos de ciência (do falar, do ser e do ter), com a exigência de um viver social levando-os em papéis daqueles já mencionados personagens; personagens que Paulo teve a suprema coragem de proclamar existirem a partir dele próprio, conquanto a santidade que lhe explica um lado que lado não é, na fé que nos faz a todos com Eus resididos em D-Eus, do verdadeiro essencial, infinito (sem limites), eterno (de sempre). E aqui, neste texto e contexto, o “essencial” de doriel assim acidental e assim provisório, sem assim ou sem assado de essencial e sem assim ou sem assado de verdade, mas inconsciência, com ressurrecto Eu, de morte de influências de mundo acidental provisório, por vontade de D.. Então, ser mundo, que tão fácil e complicado é.

GRANDEZA ILUSÓRIA DE CARNE, D- INEX-ISTENTE, COM EUS, IDEM

GRANDEZA ILUSÓRIA DE CARNE,

          D- INEX-ISTENTE, COM EUS, IDEM

           (Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

Quem é maior? Este pobre de carne que ora aqui tecla? Pois se ele disser que maior é Deus…, só se grafá-Lo assim: deus. Sim, um deus de faz-de-conta (com letra inicial minúscula) que é o que pode ex-istir, porque Deus (com letra inicial maiúscula) não é, ou seja, não ex-iste. Se não ex-iste, descabido se falar em grandeza. Então, maior presunçoso é mesmo este fraco de carne, doriel. Coitado, ele engana aos outros. E engana a si mesmo. Está em imanência e, nela, é parte desse tudo e desse todo que decorre de fiat lux, ponto inicial da epifania de D-, inex-istente, epifania essa que é uma manifestação do que é provisório, o mundo, com um início e um fim, aquele como ato de criar, este, como o cenário do acabado, do consumado, do escatológico. D- inex-iste e razão e amor, essências em celestial concerto de anjos, arcanjos, querubins, serafins, semente de Mal sediou, misteriosamente, sentimento de Lúcifer, anjo tão íntimo de D-, e ele Lúcifer, mirando-se em sua própria beleza, dela fazendo comércio e se pretendendo como D-, resultou guerra, no céu. Embora perdedor, no embate não diretamente de D- com ele Lúcifer, mas no embate de Lúcifer com o arcanjo Miguel, Miguel equivalendo dizer o Unigênito Filho de D-, este – insiste-se em proclamar – essência de razão e de amor que sempre contrasta com medidas e com punições; por isso, Lúcifer, o que se lhe fez, então? O que se lhe fez? O que se lhe fez? Ora, foi precipitado para a terra decorrente do fiat lux. No fiat lux, a imanência sempre pura e isolada de D-; Este, o Filho e o Espírito Santo, concluíram aquele fiat lux, criando homem e mulher; aquele do barro da terra, esta de uma costela daquele, costela que também é terra. E lhes soprou sopro de vida, de viventes almas. Ao criarem o homem e a mulher, o traço de sempre de D- neles repousou, mas no fiat lux, não. Daí que, mesmo precárias aquelas criaturas, porque feitas de barro, um jardim especial, de delícias, lhes foi reservado. E, desse modo, D- passou a D-Eus, porque, com o Eu, residente, no homem e na mulher. É isto, pois, o D- conosco: D-Eus, em inocência que prescinde de conhecimento. Porém, mesmo sendo protegidos o homem e a mulher, precária, como já dito, era e continua sendo a matéria de formação: o barro e a costela, esta também do mesmo barro, como também já dito. E é grave, muito grave, gravíssimo, que os protegidos pela delícia paradisíaca de um jardim, com o livre arbítrio da essência e da razão de D-, apesar de advertidos por D-, tenham-se perdido entre duas balizas adverbiais de modo: certamente; um, de D-: “se desobedeceres, certamente morrerás”, outro, de satanás, o mesmo Lúcifer: “se desobedeceres, certamente não morrerás”. A influência poderosa do barro com alma vivente, de uma evidente fraqueza, se aproveitou do gesto de amor que fez precipitar Lúcifer e um terço de seus anjos na terra, e aquele, agora satanás ou demônio, com o disfarce de serpente falante, se aninhou em Eva e em Adão. Desobedeceram, e morreram; não a terra, mas esta como ocasião da queda de ambos, que sempre em matemática celestial se somam em um só: Eu. E, hoje, tantos Eus (sempre, na mesma matemática, essencialmente um só, sem ser, mas na diversidade de carnes resididos), pelejando ao derredor daquele jardim, que é o mundo. O Filho Unigênito, com arma poderosa que fere cabeça, por vontade sua, divina, fez o Eu, no nazareno, livre de influências de carne; já o lado fraco para onde precipitado o perdedor daquela guerra, no céu, este que goza da presença constante do Mal (Lúcifer, agora satanás ou demônio), com pobreza de arma, não pode atingir, com esta, além de calcanhares. Que coice útil o seu (para o mundo)! Mas, com aquele nazareno, tentou, tentou, tentou. Três vezes tentou. E queda de Eu na carne daquele nazareno não alcançou; pelo contrário, viu-se preso, pelo rabo (desculpem a chula expressão), pelo Unigênito Filho, que não precisou, para isso, de cusparadas, de chibatadas, de crucifixão (mundo de ciladas e de incertezas). Disto precisaram os homens, com representações sociais, políticas, econômicas, financeiras etc., ora quais herodes e pilatos, na órbita civil, ora quais anás e caifaz, na órbita que se creditam religiosa. Todos esses, precisamente, sendo os que se olvidam, integralmente, da vontade de D- para com os Eus e montam-se em vontades suas, de eus personais, que lástima! Pois é preciso que D- desvista os homens e as mulheres de roupas, quer de herodes, quer de pilatos, quer de anás, quer de caifaz e, assim, se sufoquem vontades, verdadeiros rios com águas turvas desses tais eus personais, grávidos de ego, uns dominantes, outros dominados. Então, o maior sou, doriel, se e quando representando papel de inventada verdade, seja de herodes, seja de pilatos, seja de anás, seja de caifaz. O Eu em mim mergulhado e atolado pela influência de carne da terra de fiat lux; como os são todos os homens de carne. Para socorrê-los, como socorrido o Eu residente no nazareno tão famoso, só mesmo o Unigênito Filho, em Espírito, cuja carne (daquele nazareno) se mortificou, sem necessidade de cusparadas, de chibatadas, de crucifixão, em novel jardim – o de Getsêmani -, intuindo o “não seja feita a minha, mas a vontade de D-Eus”. Eis que a vontade de quem ora tecla neste tablet, como carne (Romanos, Capítulo 7, versículos 14-25), não escapa de herodes e de pilatos, nem de anás nem de caifaz, nem ainda de pedros, que negam, nem ainda de judas, que traem, nem ainda de Paulos e de outros tantos, enquanto personalizam salvação (com tanto nome de santos!), eis que a vontade de quem ora tecla neste tablet – vínhamos dizendo – , enquanto mergulhando vontade sua, de ego grávido e inflamado de desejos e vontades seus e suas, inclusive a do pedido de que o cálice possa não demorar tanto… assiste o e assiste ao Maligno, embora estando este preso no e pelo Eu residido no nazareno, como em forma ilusória, mas bem real, largo sorriso de deboche, postando-se ao pé de uma cruz a colher o sangue de um inocente, vítima de tão perversos personagens. Em suma, o “fazei isto”, como pão e como vinho, muito bem realçando o fazer de homens, nunca o não-fazer de D-Eus, pelo Filho, que propicia, com arma que fere cabeça, a que Eus permaneçam no divino regaço, sem influências de carne; “fazei isto” que é mesmo nada além do que um triste memorial… Então, grandeza ilusória de carne, D- inex-istente, com Eus, idem.

NÃO HÁ DIA CERTO, NEM HORA, ANTE INFINITO E ETERNO

NÃO HÁ DIA CERTO, NEM HORA, ANTE INFINITO E ETERNO

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

Marcos, 13, 32: Quanto ao dia e à hora, ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai.

    Ora, quem fala, no texto acima, é o Espírito Santo que, juntamente com o Filho e o Pai, formam a Trindade Onisciente, Onipresente, Onipotente. Contudo, o próprio Espírito Santo está se mostrando insciente, assim ele como o Filho, sobre o dia e a hora. Certo! Certíssimo! É que Onisciente, Onipotente, Onipresente, assim se “inexprime” Deus, Divindade. Tanto que está escrito, mas não é tão correto dizê-lo, que somente o Pai, Deus, a Divindade sabe acerca daquele dia e daquela hora. Aliás, há uma passagem em João que diz que o Pai é maior do que o Filho, basta ler João 14, 28, onde está dito assim, Jesus falando: “… vou para o Pai; porque o Pai é maior do que eu”. No transcendente, eles são um, mas, no imanente, o Pai, Deus, a Divindade é maior que o Filho, maior que o Espírito Santo. Estes são a forma de ser e a possibilidade de se expressar, respectivamente, que o Pai, transcendental, sem ex-istência, sem princípio e, nesse sem princípio, sem referência temporal, espacial, o Pai, que não as precisa ter, porquanto centro-estático-essencial, por certo se vestiu, por especiais humildade e amor, como se isso lhe fosse imprescindível, eis que guerra, no Céu, travada contra o Ele, provocada pelo mistério do mal que o seu Anjo íntimo, Lúcifer, deflagrou, Pai, representado, nessa guerra, por Miguel Arcanjo, que é o Cristo, o Filho, e guerra da qual Lúcifer e um terço dos anjos do Céu saíram dela perdedores e, na sequência, precipitados para a terra do mundo criado a partir dos fiats de Deus, o mesmo Deus que, ao colocar na terra desse mundo o homem, num paraíso, o fez a partir do barro da terra desse mundo, com o seu sopro, tornando-o alma vivente, neste ponto, entretanto, fazendo questão de exibir a manifestação não somente sua, mas a do Filho e a do Espírito Santo, pois não disse simplesmente “faça-se o homem”, mas “façamos o homem” à imagem dele Deus. Está complicado? Pergunta boba, de quem tem trave nos olhos, pensando e admitindo que, por eles, há de enxergar certas verdades. Deus Espírito, nunca confundi-lo com Deus é Espírito, pois se há de O livrar de pequenez de imanência, com tamanho de homem, só que esse livrar não se há de referir a Ele, por inex-istente, ante infinitude e eternidade que O transcende e somente ante esse volátil imanente do mim dos meus nervos, dos meus músculos, dos meus ossos, das minhas glândulas, dos meus sentidos da visão, da audição, do paladar, do olfato, do tato, da imaginação e da memória pode-se fazer passar livramentos de toda a ordem e, então, dizer e compreender essa linguagem nossa, humana, pequena, falha, que faz com que possamos expressar tamanhos dessa imanência que, por vezes, nos enganam, como o tamanho do universo, com os seus astros, todos eles, que a imaginação apenas se pode iludir em abarcá-los assim de uma vez. Então, Deus-Espírito-imanente, criador, é neles; já transcendente, não, porque “indimensionável”, inex-istente! Por isso, em transcendência, a onisciência, a onipotência, a onipresença, nunca por ser Deus maior, porque aí estava-se-Lhe conferindo tamanho, espaço, comprimento, largura, altura, profundidade! Tenha-se, pois, o padrão de maior apenas em expressão imanente, nunca na inexpressão transcendente. E o saber, a onisciência, como a onipotência e a onipresença jamais se expressam, prescindem de manifestação, como por exemplo as dos fiats tantas vezes incompreendidos. Portanto, para o transcendente não pode haver dia certo, só mesmo para a busca tímida e acanhada dos que, imanentes, se limitam a espaços e a tempos, nós, inclusive, esses humanos humildes de húmus com o sopro divino de alma vivente, assim limitados ao imanente.

UMA PREGAÇÃO ILUSÓRIA OU O MAL DA FALSA PERSONIFICAÇÃO

UMA PREGAÇÃO ILUSÓRIA OU O MAL DA FALSA PERSONIFICAÇÃO

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

“A verdade e a mentira eram amigas, muito amigas, a mentira muito atirada, a verdade, não. Certo dia, a mentira convidou a verdade para um passeio. Chegaram até onde existia um lago, lugar muito bonito e aprazível. A mentira se desnudou, entrou na água, e ficou chamando a verdade para também entrar naquela água. Embora relutante, a verdade também se desnudou e entrou na água. Quando a verdade já estava com água quase a lhe encobrir a cabeça, a mentira foi se esgueirando, até que saiu da água e se aproveitou das roupas da verdade, vestindo-as e rumando em direção à cidade. A verdade, sem suas roupas, considerou que não devia dar gosto à mentira, caso vestisse as roupas desta e, então, nua, saiu em direção à cidade, também. As pessoas da cidade, então, vendo a mentira com roupas vistosas da verdade, ficaram a lhe dar atenção, enquanto a verdade, nua, passou a não ser considerada como tal”. É como se tem no comportamento de pessoas farisaicas, sepulcros caiados, bonitas por fora, a falsa mentira bem vestida e enganosa; por dentro, imundícies, a verdade nua e crua. Então, nem uma nem outra, pois ambas somente aparentam aparências. Por certo, em indimensão do sempre (do eterno), em indimensão do sem-limites (do infinito), a verdade que liberta nunca há como ter amizades com mentiras. Isto só mesmo em estorietas, como a que aparece acima, entre aspas. E é preciso que diga que vi essa engenhosa estorieta de um padre, em homilia. Diga-se, então, que a verdade não pertence a nenhuma ex-istencialidade. Ela nasce na graça de divina vontade, que é crística, ínsita nela a liberdade, sem a qual tudo quanto se possa dizer como verdade é falso. Deus-amor, puríssimo amor, eterno, infinito; Mal, o mistério do falso e enganoso das aparências que aparentam. Com elas, surge o mundo em fiat lux, com vocação autodestrutiva inevitável, em direção a um fim – escatologia. Contudo, verdade que liberta, de nascer de novo, puro e puríssimo amor inex-istencial, sem agora nem outrora, eterno, infinito. O amor puríssimo na inex-pressão de si próprio, de si mesmo, não ilude; contudo, o fiat lux, com fim em si mesmo, explica a especial proteção de um Éden paradisíaco. Como escrito, no concerto celeste de anjos, arcanjos, querubins e serafins, o Mal, em mistério no coração luciférico de um daqueles anjos (Lúcifer), não escondeu desejo de ser puro amor, como Deus, lançando-se ao comércio de si mesmo e a acreditar na própria beleza e formosura, daí o estado de guerra, cujo teatro espiritual nenhuma parecença guarda com as guerras protagonizadas entre homens. Deus-amor, com Unigênito Filho, que é arcanjo Miguel, já aponta o superior em amor, face ao Mal, vencendo-o, não o aniquilando, precipitando-o, porém, com um terço dos seus rebeldes, para a terra do mundo criado de um fiat lux provisório, pois o amor, se não compreende aniquilar, também oferece a ex-tensão desse mesmo mundo criado, onde o Mal permanece a rodeá-lo. Então, ordem de amor e de verdade, com liberdade. E a desordem decorrente do fiat lux, aparentando aparência de amor e de verdade, vem suportando (no sentido de dar suporte) tantos adãos e tantas evas habitantes do derredor daquele Éden-jardim, que é o mundo, com enganadoras mentiras vestidas de verdades. Para vencer esse mundo de mentiras e de ilusões, só a arma de quem pode ferir cabeça e deixa o Mal vencido e preso, até que se consuma este século. O Mal, conquanto o zelo divino ao criar o homem, colocando-o num jardim de delícias, mesmo assim dialoga com a realidade de carne desse homem, aliás com forte argumento perante o Amor, a quem sempre diz que o homem-carne é dele; e é! Paulo teve a coragem de assim reconhecer. Leia-se esse reconhecimento exatamente como assim está posto na Carta aos Romanos, no Capítulo 7, versículos 14-25. Portanto, eu digo que vi os efeitos do pregar daquele padre, na igreja, assomando e se assenhoreando de quantos, homens e mulheres, na quietude de uma absorção diretiva de quem dita e impõe, termina fazendo-os engolir aquela mentira e aquela verdade da estorieta. Guarda-se ela (a estorieta) nesse reconhecimento de Paulo. Já a verdade que liberta, sem contraponto de mentira, anula esta com pauladas na cabeça do Mal, anulando a este e à sua arma fraca, tão fraca que não passa de poder ferir somente até os calcanhares. E esta performance é do Filho, Unigênito Filho, livrando o Amor do dissabor da criatura desobediente, mediante a obediência daquele Filho, na linha de vontade que unicamente há de prevalecer – a vontade divina -, nunca a de nenhuma mentira, nunca a de nenhuma verdade, como as tais da reles estorieta.