BÊNÇÃO SÓ DE DEUS, ASSIM NO SAGRADO COMO NO PROFANO

BÊNÇÃO SÓ DE DEUS, ASSIM NO SAGRADO COMO NO PROFANO

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

Abençoar, como uma iniciativa humana, em sede de profanidade, e também como uma iniciativa humana, em sede de sagrado, tudo por meio de uma voz autorizada e que se diz e que se tem como legítima, acontece, como fenômeno-social-religioso, daqui e d’alhures, de hoje, de ontem e de sempre, em todas as sociedades, e, desde que assumida com vontade exclusivamente sua, reflete a teimosia do homem, em sua auto-proclamação de uma inevitável representação social-religiosa, seja como um anás, seja como um caifaz, seja como um pedro, que nega, seja como um judas, que trai, seja como um paulo, que tanto personaliza, seja ainda assim como um jesus, tão pleno de humanidade. Ofendi? É certo que sim, não somente aos que, em tais cenários, se exibem como dominados e, muito mais do que a estes, aos que se pretendem inabaláveis enquanto dominantes. Esse pano de fundo é, todo ele, a pressurosa e sempre ciosa gravidez de uma ânsia devoradora, por meio de eus personais, esta a mais grave e a mais perigosa das estratégias demoníacas daquela serpente do conhecer intelectivo que abriu olhos de quem havia ganhado uma inocência paradisíaca… D-, puríssimo amor-central-estático-essencial, em epifania (Gênesis, Capítulo 1, versículo 3), a partir de um fazer de luz (fiat lux), Lhe bastaram simples palavras para que o mundo fosse. Sua inex-istência, com anjos, arcanjos, querubins e serafins, surpreendeu-Se com o comércio que o anjo Lúcifer, seu assistente, fez com a sua beleza e formosura (Ezequiel, Capítulo 28, versículos 17 e 18), gerando, com isso, aquela guerra no céu de que nos fala o livro do Apocalipse, em seu Capítulo 12. O mundo criado, então, a partir do fazer de uma luz (fiat lux), continha, ab início, a condição bendita advinda daquele amor-central-estático-essencial de D-, mas este mesmo conjunto de atributos explica por que e para que Se Lhe serviu (aquele dito conjunto) para demonstrar àquele Lúcifer perdedor da guerra, no céu, que seria como Se negar D- a Si mesmo, acaso aceitasse como despojos daquela guerra uma extinção do ente celestial e angelical Lúcifer; teve mesmo que jogá-lo, precipitá-lo para o mundo então já criado, de sorte tal que todo ele (o mundo) jaz sob o Maligno (vide, precisamente, o versículo 9, do Capítulo 12 do Apocalipse, o versículo 7, do Capítulo 1 do livro de Jó, o versículo 8, do Capítulo 5 da 1ª Epístola de Pedro e o versículo 19, parte final, do Capítulo 5 da 1ª Epístola de João). Então, tudo quanto criado pela palavra, a partir de um fazer de luz (fiat lux), inclusive aquelas bênçãos humanas de que se ocuparam estas linhas, lá no início deste texto e contexto, está sob aquele Maligno. E este Maligno reclama, desde o sempre ex-istido do mundo não precisamente, mas, desde a sua própria precipitação a ele mundo, reclama – vínhamos dizendo – o seu pleno domínio de Mal; um Mal que D-, amor-central-estático-essencial, por conta dos tais atributos, não o exterminaria jamais, mas apenas o prenderia, como o teve por prendido, efetivamente, por meio do Seu Unigênito Filho, o Cristo. E mesmo preso para e por Este Filho, continua solto para os humanos habitantes do derredor do jardim primevo, o Éden, derredor esse que é precisamente o mundo. Esse Mal, como na imagem da lesma referida pelo salmista Davi, in versículo 9, do Salmo 58, tende a se consumir até enfim se consumar, como assim é próprio do referido invertebrado ao se arrastar e se auto-consumir e consumar. Ressalte-se como o amor-central-estático-essencial de D- permanece absoluto em Sua eternidade (do sempre) e de Sua infinidade (do ilimitado), enquanto o periférico-dinâmico-acidental, o mundo, vem permanecendo sob as estratégias do Maligno, se auto-destruindo. O Mal por si se destrói, portanto, e integram as suas estratégias, como fruto destas, por exemplo, as bênçãos que homens e mulheres lançam acerca de tudo e acerca de todos, por meio de eus personais, por centralizarem vontades exclusivamente suas, coitados! Uma montanha de carnes, de músculos, de nervos, de ossos, no passar constante e bem ritmado do tempo, tem construído o que se convencionou ser a sociedade, a sociedade de homens e de mulheres, em meio a outras tantas sociedades de animais e também “sociedades” de vegetais, e também “sociedades” de  minerais, formando o todo de um conjunto que foi dado por D- como maldito (Gênesis, Capítulo 3, versículo 17), após a queda da mulher e do homem e subsequente expulsão deles do paradisíaco jardim primevo. Mas teriam sido carnes e nervos e músculos e ossos dos habitantes do jardim primevo os alvos de D-, expulsando-os daquele jardim de delícias avesso plenamente à faculdade de conhecimento? Não, pois com o tal conhecimento, eles e todos os demais homens e mulheres expulsos dali e habitantes do enorme derredor daquele jardim, que é o mundo, vêm permanecendo plenamente mergulhados, no curso e no decorrer do tempo e das épocas, formando uma história onde o academicismo tanto os anestesia por meio de suas humanas e coitadas vontades. Então, é propício o momento deste escrito para dizer e revelar agora que D-, como por fragmento Seu, naquele jardim, havia-o (o jardim) assim reservado como um recanto de delícia protetora daquele fragmento. Esse fragmento divino é o Eu que faz de D-… D-EUS! Era preciso, pois, que o Eu recebesse, do divino, esse carinho e esse cuidado especiais. Mesmo assim, Lúcifer, agora como Satanás, segundo a maldita estratégia de eu personal, conseguiu retirar a inocência dos primeiros pais, agindo como falante-serpente, e terminou por lhes abrir os olhos. Então, aquelas bênçãos de que se falou inicialmente, abrangendo sagrado e profano, reclamam uma devida explicação para bem melhor serem elas entendidas. Quero me reportar não à bênção do sagrado, tão curial. Mas à bênção do profano, como a advinda, recentemente, por meio uma voz que se proclama tão autorizada; ela teve coragem de, mesmo pretensiosamente andando pelos caminhos de D-Eus, embora homem, sem enganos a Eus, como o Eu que reside no meu pobre mim e como o Eu residente no pobre si do leitor, igualmente, porque a vontade de Deus, prevalecente, e por uma questão de fundo original, fez o homem macho e fêmea, como assim mulher fêmea e macho (Gênesis, Capítulo 1, versículo 27, parte final). Não há ser humano desprovido de sua porção macho e fêmea. Então, face a esse fundo de verdade, Deus abençoa não somente o sagrado, mas também o profano, sendo necessário ressaltar que, nos encontros, não somente homem e mulher formem “uma só carne”; “uma só carne”, em respeito à verdade e ao fundo de origem, pode ocorrer, também, nos encontros de mulher com mulher e nos de homem com homem. O sagrado é a “uma só carne” no encontro de homem com mulher; já o encontro entre homem com homem e mulher com mulher não o são (sagrados), mas sim profanos, o que não significa serem impossibilitados da bênção de Deus, por Este, na origem, ter-nos feitos homem macho e fêmea e mulher fêmea e macho. Esta é uma conformação que deriva de uma lei cerimonial, diferente da união, nos encontros, com homem e mulher, que se rege por lei de pedra (versículos 1 a 17, do Capítulo 20, do livro de Êxodo), imodificável. A lei cerimonial (versículos 24, 25 e 26 do Capítulo 31 do livro Deuteronômio), por seu turno, se deixa reger pelos usos e pelos costumes, que tanto variam no curso dos tempos e encontra, nas lições do Cristo em Jesus de Nazaré, a possibilidade de um acolhimento de bênçãos para situações profanas, pelo homem, como a que ganha relevo nestas linhas, sem olvidar que o próprio Deus, por uma questão de origem já as tem como abençoadas. Quero arrematar este escrito pondo-me bem ao largo de ocupações ou pre-ocupações com radicais posições de prelados, que até mesmo acusam de blasfêmia a posição da voz autorizada em abençoar o que tem havido de uniões profanas. Tolices. Se somos, todos, submetidos ao Mal, segundo prova o dizer de Paulo, in Romanos, Capítulo 7, versículos 14-25 (leia-se, releia-se), a voz autorizada e a dos seus críticos morrem de tantas ilusões deste mundo só do Mal, olvidando que a importância verdadeira advém das bênçãos de Deus (D- + Eus), seja no sagrado, seja no profano.

VENCER O MAL (ESTÁTICO) X VENCER O MUNDO (DINÂMICO)

VENCER O MAL (ESTÁTICO)  X  VENCER O MUNDO (DINÂMICO) 

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos) 

A ex-istência, como decorrência que é da luz de um fazer (fiat lux), não continha, ab initio, o aspecto dissolvente, qual algo precário, vocacionado a uma auto-destruição, assim como a lesma de que fala o salmista (salmo 58, versículo 9). Aquele anjo de luz, lúcifer, fazendo comércio de seu esplendor e beleza, em plano celestial, sem o seu querer, fugiu-lhe a compreensão, conquanto a sua própria condição angélica, para notar a essência-central-estática de D-, no amor que o fez (lúcifer), mesmo estático, ex-istir, tanto quanto ex-istido o dinâmico mundo, tudo pelo soberano querer divino. Ah, lúcifer, a sua celestial condição carrega a transformação que o amor, por meio de uma precipitação, o deixou à solta no ex-istido mundo daquele fiat lux. Pois é conditio sine qua non de uma perfeição divina que o sempre inex-istido celestial de anjos, arcanjos, querubins e serafins permitisse que entes do céu, não-vivos, já que vidas sequer ex-istentes celestialmente, se rendessem somente a si mesmos, tanto que, em relação a lúcifer, o mistério jamais passível de uma revelação lhe possibilitou aninhar-se ao mal e, conquanto, perante este, de uma tamanha intimidade, sua precipitação ao mundo fez (o mundo) altamente contaminado daquele mesmo mal. Não há de ser em nível mental de uma pobreza de mente humana o juízo de fazer divina qualquer parcela de culpa por autoria daquele mal. O amor divino abarca a liberdade que entes celestes, mediante ela, podiam; como pôde o ente celeste lúcifer ex-istir no ex-istido do mundo. Realmente, é uma presença firme e forte, conquanto limitada pela sua condição semelhante à daquela lesma que, no real de seu lento mover-se, acasala seu próprio desfazer-se. Sim, uma condição escatológica do seu próprio acabar. Assim é o mundo, não propriamente como o da criação de D-, mas por jazer, sob todo ele, o mal. E, então, para vencer este enorme obstáculo, só mesmo com a providência poderosa e amorosa de D-, nem por Ele própria e diretamente, e sim pelo Unigênito Filho que a tanto foi  sacrificado e competiu com lúcifer, agora em plano não mais celestial, no qual já tivera a oportunidade de, como Miguel, vencê-lo, como assim a um terço de anjos, seus seguidores, naquela celeste guerra referida em apocalipse, no capítulo 12. O mundo vencido, então, não quer dizer que ele retorna à pureza primaz considerada bendita. Ele perdura em maldição, porque o vencido verdadeiro é o ente provindo do céu, o anjo, o lúcifer, aqui e agora ex-istido no mundo com outras credenciais nominativas de diabo, demônio, satanás, dianho, diacho, coisa ruim etc.. E pior é confirmar que em mim, no todo de minha carne, dos meus nervos, dos meus músculos, dos meus ossos ele marca presença como um senhor dono de mim, como bem realça paulo, in romanos, no capítulo 7, versículos 14-25. Leiam, leitores e leitoras. Leiam. Leiam. Releiam! E o vencer este mundo (joão, capítulo 16, versículo 33) não abandona, mas deixa sequíssimos tanto os ossos, como a carne, e os nervos, e os músculos, prevalecendo, em seus lugares, o exército de espíritos como uma proeminência destes, como bem se pode aquilatar da passagem bíblica de ezequiel, no capítulo 37, versículos 1 a 10, desde que se nos situando num reino que se não finda jamais. Sempre o querer de D-, com sua sempre prevalecente vontade expressando dimensão de amor ao criar o mundo, deixa estupefatos todos nós, os finitos que os somos, incapazes de não absorver o não-absorvível de como uma luz angélica tenha se envolvido, misteriosamente, com o mal, em profundo e misterioso mistério; e, mesmo assim, ter, da parte de D-, o seu profundo amor em tê-lo precipitado para o mundo criado por fiat lux, tornando, então, com a sua presente e constante intervenção, o mundo todo dissolvente, segundo a imagem daquela lesma do salmista, retro mencionada. Logo, a passagem de uma inocência paradisíaca de eva e de adão para um intelectivo conhecer de ciência do bem e do mal faz-nos a todos os homens e mulheres habitantes do derredor do jardim primevo – o éden – aquele escravo de que nos falou paulo no trecho bíblico já citado. Por isso, então, sem fugas de uma realidade, a humana linguagem deveria, por dever de clareza, sempre assim admitir-se, como uma condição de pó inafastável por vontade sua, coitada; condição de pó que a sua vontade a prende em representações sociais, políticas, econômicas e financeiras, quando não de um herodes, de um pilatos, quando não de um anás, de um caifaz, na paisagem e passagem de um mundo atrativo, contudo tão pleno de ilusões e de alusões dos eus personais neles radicalmente instalados. O Filho Unigênito de D-, estático, com o Santo Espírito, não propriamente como lúcifer, torna-se ex-istido, também, mas distinguido, entre a mulher e sua descendência e o mal e sua descendência (Gênesis, capítulo 3, versículo 15), com a inimizade estabelecida entre ambos, dispondo estes de arma que somente pode ferir até os calcanhares, enquanto Aqueles com arma que pode ferir cabeça; cabeça e calcanhares esses como alegorias de quem sempre pode o menos, frente a Quem sempre pode o mais. Então, vencer o mundo (dinâmico), como está dito em joão, no capítulo 16, versículo 33, é o fugaz de um milênio de espera pelo escatológico de armagedon, produto da paulada da arma que fere cabeça do mal, enquanto vencer o mal (estático) é sem ser o eterno (de sempre) e o infinito (sem limites) de D-, aperfeiçoado em D-Eus, pelo Eu residente no galileu famoso e, quiçá, por vontade única e exclusiva de Deus, em cada um dos Eus residentes em homens e em mulheres habitantes do derredor do jardim primevo, transpostos ao novel jardim de Getsêmani, no final dos tempos, com a lesma já então plenamente consumida e consumada e, muito mais do que isto, o mal sem origem misteriosa de próprio céu.

HISTÓRICOS DE DIVINA SALVAÇÃO E DE UMA HUMANA SUPLICAÇÃO

HISTÓRICOS  DE  DIVINA  SALVAÇÃO

E DE UMA HUMANA SUPLICAÇÃO 

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

…sou parte destes históricos, pois eu os escrevi e deles não me posso furtar por um querer meu; querer que, enfim, os reconstruiu e ganharam “realidade” e realidade, conforme se pode ver a seguir: “Salvação de quê? Salvação contra o mal. Contra quê e contra quem? Contra a desobediência e o que dela decorre: a “morte”. Mas, quem desobedece e quem “morre”? Quem desobedece e quem “morre” é o Eu. “Morrer”, contudo, não no sentido biológico, eis que o Eu nada disto tem, ou seja, de biológico. D-, infinito (sem fim), eterno (de sempre), puríssimo e essencial amor, em espírito, de espírito, por espírito, com anjos, arcanjos, querubins e serafins, mesmo assim semente de mal, misteriosamente, abrigou-se em lúcifer, anjo tão da intimidade de D-, anjo que fez comércio de seu esplendor e beleza (ezequiel, capítulo 28, versículos 17-18), disto resultando um celestial estado de guerra; guerra na qual ele lúcifer lutou contra o arcanjo Miguel, que é o mesmo que o Unigênito Filho de D-, Cristo, saindo este Unigênito Filho vencedor na referida guerra. E a lúcifer e a um terço de seus seguidores, que se lhes fez? Que se lhes fez? D-, manifestado, em epifania, por poder de palavra, a partir de uma luz de um fazer (fiat lux), resultou o todo do mundo, do universo, em uni, de D- + verso, de diversidade de mundo (uni-verso) e, para este mundo, por amor, fez D- precipitar aquele anjo perdedor da guerra, ele e mais um terço de todos os seus seguidores (apocalipse, capítulo 12, versículo 9, jó, capítulo 1, versículo 7, 1ª pedro, capítulo 5, versículo 8 e 1ª joão, capítulo 5, versículo 19, parte final), mas, no mesmo mundo, reservou D- uma parte especial, um jardim, chamado éden, para o Eu, Ele que é intrinsecamente D-, o qual, em somatório de Eus que, em essência é sempre uno, resulta em D-Eus. Então, o Eu se quedou refém de influências de carne do mundo criado, mundo onde ficaram e permanecem a rodeá-lo lúcifer, agora diabo, demônio, satanás, e também aquele citado terço de seus seguidores, todos eles que são mestres em disfarces, vindo a carne, tanto no jardim primevo – o éden -, como no derredor desse jardim – que é o todo do mundo -, a sofrer daquelas influências, assim atingindo a D-, pela desobediência, aquela desobediência que fez a carne perder a inocência paradisíaca e, com eu personal e com infindáveis tentativas de até este momento, pensar em se assenhorear do conhecimento, com isto tornando-se o eu iníquo, tal qual lúcifer que, como já dito, passou a ser diabo, demônio, satanás. Contudo, D-, pelo Unigênito Filho já vencedor daquela retro mencionada guerra, muniu o Eu residido no galileu de arma que fere cabeça, o qual feriu de “morte” como numa paulada na cabeça de quem, agora diabo, demônio, satanás, somente dispõe de arma que não fere além de calcanhares, coitado!, cabeça e calcanhares (gênesis, capítulo 3, versículo 15), alegorias essas, pois, de Quem pode o mais e de quem menos pode e assim se queimam e se consomem o mundo todo e todo o mundo, incluídos, nesse mundo, os nele precipitados; se queimam e se consomem eles  – vínhamos dizendo – qual a lesma (salmo 58, versículo 9), sem interjetivos sentimentos e sensações de humana linguagem. Ora veja-se quão pernicioso é o diabo, o demônio, o satanás, com o perigo dos seus disfarces, o primeiro deles o do éden, onde se exibiu qual falante-serpente, fazendo os primeiros pais, de um estado de inocência paradisíaca, assumirem-se em periculosos eus personais, desobedecendo, atraídos pelo disfarce da serpente de um conhecimento intelectivo, pois pesaram mal entre os dois advérbios de modo: “se desobedecerem, certamentemorrerás”, de D- (gênesis, capítulo 2, versículo 17); se desobedecerem, certamente não “morrerás”, do diabo, do demônio, do satanás (gênesis, capítulo 4, versículo 4). E “morreram” os Eus em eva e em adão, vítimas das influências de carne. E “mortos” também permanecem todos quantos, fora daquele jardim, em seu derredor, que é o mundo todo. Apenas a vontade exclusiva de D-, perante o Eu na carne de um carpinteiro, por meio do Unigênito Filho, com ápice em outro jardim, o Getsêmani, permitiu que Aquele Eu ferisse, como efetivamente feriu, a cabeça do mal, mantendo-o preso até a consumação dos tempos. Este feriu – insiste-se em dizê-lo mais uma vez – não é de um-morrer-de-matar-fisicamente, como em morte biológica, mas “morrer” como vitimado de influências carnais. Assim, como já dito alhures, porém não tão bem explicado, a alegoria do ferir cabeça provoca “morte”, palavra assim aspeada, porque infensa à menor confusão que possa ter com a morte de quem se exaure das forças vitais de uma ex-istência, precisamente a biológica morte. É necessário, pois, dizer e proclamar que ressurreição advém ao Eu alvo daquela “morte”, a qual (ressurreição) jamais pode estar na vontade de homem, nem mesmo na do tão famoso galileu carpinteiro. Aliás, são palavras suas, de homem: “Seja feita a vontade de D-, sempre, não e nunca a vontade do Eu no meu pobre mim de carne”. Então – e aqui não me escondo -, revelo-me no prazer de ser real, de carne, isto que homem nenhum, ninguém mesmo nascido de mulher pode se isentar como e com pobre vontade humana, nem mesmo quando essa vontade se desmancha em súplicas de kirie eleison, porque esta carne e estes músculos e estes nervos e estes ossos, conjunto que suporta um cérebro que pensa, não foge, antes há de se conformar aos dizeres corajosos de paulo, assim postos in romanos, capítulo 7, versículos 14-25: “Sabemos que a Lei é espiritual; eu, porém, sou carnal, vendido ao pecado como escravo. De fato, não entendo o que faço, pois não faço o que quero, mas o que detesto. Ora, se faço o que não quero, estou concordando que a Lei é boa. No caso, já não sou eu que estou agindo, mas sim o pecado que habita em mim. De fato, estou ciente de que o bem não habita em mim, isto é, na minha carne. Pois querer o bem está ao meu alcance, não, porém, realizá-lo. Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero. Ora, se faço aquilo que não quero, então já não sou eu que estou agindo, mas o pecado que habita em mim. Portanto, descubro em mim esta lei: quando quero fazer o bem, é o mal que se me apresenta. Como homem interior, ponho toda a minha satisfação na Lei de Deus; mas sinto em meus membros outra lei, que luta contra a lei de minha mente e me aprisiona na lei do pecado, que está nos meus membros. Infeliz que eu sou! Quem me libertará deste corpo de morte? Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Em suma: pela minha mente sirvo à Lei de Deus, mas pela carne sirvo à lei do pecado“. E agora, veja-se como os disfarces do diabo, do demônio, do satanás são tão avassaladores, identificados, assim, com os primeiros pais, no paraíso, como assim de forma bem mais intensa com todos os que mourejam no derredor do éden, que é o mundo; o eu personal fazendo homens e mulheres se arvorarem como donos de uma vontade, pela qual têm passado, no curso dos tempos, em representações quando não de herodes, de pilatos; quando não de anás, de caifaz, tomados estes tão conhecidos personagens não apenas no tempo histórico de suas ex-istências. Tudo porque o eu personal, seja como dominante, seja como dominado, faz circular o mando de uma situação gorda de ânsias de um ego tão cioso de um ser de homem, seja em tempo de paz, na órbita civil, com a insubstituível prática de, a contragosto, se cobrar tanto imposto, o que logo derivam para uma necessidade social; ou então, em tempo de guerra, com o uso de armas que matam. Na órbita dita religiosa, esta, bem mais forte em pessoalidades, conta com galeria expressiva de tantos nomes, cada um deles com sua história que sempre se finda num túmulo, à exceção do único que se não arvorou em vontade sua, o galileu carpinteiro. Pois a vontade de D-, a que se curvaram não a sua carne, não os seus músculos, não os seus nervos, não os seus ossos, mas o Eu complacente, Nele, D- quis, em divina providência, livrá-Lo (livrar o Eu residente no galileu) das maléficas influências carnais. É exatamente quando o nada aproveita a carne e não a carne para nada aproveita, fórmula aquela preferível à escrita pelo evangelista joão (capítulo 6, versículo 63), como um resultado de acidentalidade que se relativiza diante do essencial Eu enfim salvo. E esse Eu salvo, Ele que foi antes que abraão tenha sido (joão, capítulo 8, versículo 58), Ele que venceu o mundo (joão, capítulo 16, versículo 33), porque, como numa paulada na cabeça do mal, prendeu-o até a consumação dos tempos. Eu do sou o que sou (êxodo, capítulo 3, versículo 14); Eu e o D-, que são um (joão, capítulo 10, versículo 30); Eu, que é caminho, verdade e vida (joão, capítulo 14, versículo 6); Eu, que é porta (joão, capítulo 10, versículo 9); Eu, que é pastor (joão, capítulo 10, versículo 11); Eu, que é videira (joão, capítulo 15, versículo 1); tudo por intermédio supremo e único e insubstituível de D- e pelo Unigênito Filho Deste, necessariamente. Ah, e nesse compasso, com o mal preso, o Eu residente no famoso galileu ganha o divino aconchego perdido lá no paraíso, de modo tal que, de Eu, se completa, por integrativo querer divino, em D-Eus! Esta junção sem absorção mas puríssima integração se processa por um querer de D-, por meio do Unigênito Filho (já se o disse, mas não custa isto repetir e repisar), o Qual, em socorro ao Eu, no carpinteiro, deixa-O plenamente à vontade para mais assistir o e para menos assistir ao enfrentamento que Aquele Filho, com arma capaz de atingir cabeça do mal, faz com que este se quede preso até que se consumam os tempos, de nada lhe valendo, pois, a arma com a qual somente pode ferir até os calcanhares. Foi assim que D- deu o seu Unigênito Filho (joão, capítulo 3, versículo 16), para que a vontade de D- animasse a Eus, como animado foi o Eu na carne do galileu. Lamentavelmente, esse deu da parte de D- tem sido desviado para a carne, em eus personais, grávidos de ânsias de egos jamais capazes por si mesmos de uma salvação, porque envolto num enredo de sofrimento de cruz, protagonizado por homens de carne. Exatamente, o que se tem registrado no que tanto reflete apego de umas tais escrituras é um festival de eus personais, de herodes ou de pilatos, de anás ou de caifaz; os homens presos à institucionalidade daqueles personais eus, merecidamente aqui grafados assim com letra inicial minúscula de suas ilusórias e ineficientes incapacidades em se auto-salvarem. Hão de se contentar, pois, com os limites limitados de olhos de carne, que confortam, não há como negar, no plano de um mundo atrativo, contudo enganoso, porque movido de humanas vontades. E o que se vê, neste plano dos homens e das mulheres é o vaivém em formas, sistemas e regimes de governos em órbita civil e também militar, em usos e costumes sociais, políticos, econômicos, financeiros, de herodes e de pilatos, enquanto, em plano que dizem de religare, um quase sem-número de organizações promovendo o bem, em nome de d- (minúsculo) assim, porque com eus personais de vontades suas, pressurosas, à semelhança das trovejantes pretensões pessoais de dois destacados integrantes do grupo do nazareno tão famoso, cuja mãe e eles próprios não esconderam a gordura de um inflamado ego, levando-os à pretensão de lugar especial, no céu (marcos, capítulo 10, versículos 35-45), enquanto o Eu, no galileu, em variadas circunstâncias tidas por milagres cometidos, pedia que nada alardeassem sobre isto. Fica-se com tais exemplos, sem necessidade de dizer que há outros tantos, milhares até, em vida santa, de separados, exemplos de uma vida dedicada a necessitados, vivendo essa verdade como um basta para as suas salvações, advindas de tantas súplicas (kirie eleison), úteis para o conforto que vivem e nele se deliciam, acaso movidos de vontades de homem, quais anás ou caifaz, dominantes de dominados tão ordeiros quanto cordeiros. Eis, destarte, os históricos de divina salvação e de uma humana suplicação.” …sou parte desses históricos…

CORAGEM DE PAULO X EU PERSONAL ECLIPSANTE; DEBALDE

         CORAGEM DE PAULO X EU PERSONAL ECLIPSANTE; DEBALDE 

        (para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

        Quão difícil entrar em mim. E penetrar o outro? Pode ser o mais próximo, até mesmo um parente, o irmão, o pai, a mãe. D- sabe. Um sabe que é limite de humano ser. Pois D- lhe não importa que saiba. Sábio, isto é condição de homem, não Dele, de D-. Vezes tantas, nunca raras, dou-me conta de mim. Da realidade que sou. Não devia, mas é constante que me esqueça. E esqueço o outro, que tanto se diz e se consente como próximo. O meu mim se me apodera tanto, tanto, tanto. Faz um círculo em torno desse meu mim. E cega-me e me fica distante, por demais, ver o outro; senti-lo, tendo uma intimidade com ele. Esta é a cegueira do ego que me põe a trave no olho. Penso-me em retirá-la desse meu pobre mim. Mas é só penso de um fugaz alívio. Não posso pensar o meu mim disso, em um indefinido definitivo. Aliás, que ótimo seria que pudesse ir além do pensar de pensamento. Pois o bom seria aquele pensar de lenitivo, de sarar. Doido ou doído, então, esse mim me prega e me prende. Dizer da trave no olho e o poder que possa ter em retirá-la, mas com qual eficaz exercício? O mim é desprovido de tudo para o todo de pretendida empreitada e final sorriso de conquista. A trave está lá – é errado assim dizer. Ela não está simplesmente. Ela é lá, inamovível; pelo pobre próprio mim, não se lhe pode estremecer a estrutura. É trave de delícias, ainda decorrência daquelas delícias paradisíacas de uma inocência… “Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho?” – Mateus, Capítulo 7, versículo 3. Ah, não deixar o mim enganar-nos? Mas, ele engana, sempre. Pois quando não é uma trave é um cisco. Pouco importa. Nenhum deles presta. Não é a trave por ser maior nem o cisco por ser menor. Ambos pertencem ao mesmo mundo do pobre mim tanto meu como no si de vocês, meus compenetrados leitor e leitora. Sim, procedo digitando a palavra “meus”, se me apropriando, destarte, do que é possível porque passível de apropriações. O meu mim me prende numa trave e prende vocês, como próximos, num minúsculo cisco, quando e onde busco vocês e os enxergo em cegueira de mundo. Encaro-me, acanhado, e encaro-os, também, meus leitores e leitoras, e vocês, por certo, tanto como eu anelo para mim, outro tanto anelo que tenham igualmente esse acanhamento. Tudo como fruto de uma ciência, que começa tímida, e vai provocando o cerne em discernimento, quando então atingida uma tal maturidade, como essa nossa, sem descartar que há tantos tão idosos e imaturos, coitados, dele discernimento, então, desprovidos. O discernimento em mim e em vocês que me lêem põe a nós todos e a todos nós como acabrunhados, porque conscientes do limite do mim, que é provisório de uma acidental feição, a qual briga, inutilmente, com o essencial da verdade; isto quando se o tem, evidentemente – o tal discernimento. E sempre, como debaixo de uma capa, ele, o discernimento ou o não-discernimento fazem-se acompanhados do que permanece no meu pobre mim, e no si de vocês, e no de quem quer mais que seja, inclusive no si de um tão conhecido nazareno. Pois um paulo, corajosamente, como acidental provisório, em respectivo “essencial” desse acidental, foi profundo no fundo de ser de um mundo que passa, marcando, presente e indelével, um Mal que é próprio do si de quem, como ele paulo, assim o tenha proclamado. Preciso então que um riso me faça e a vocês também alegres e felizes, a carne, com ou sem discernimento, em inconsciente, abrigando o Eu. Eu de plural Eus, sem uno deixar de ser, de diversidade em unidade, integrado, por amor e por vontade de D-, tornando Este em D-Eus. Hei de ser, então, sincero tanto quanto ou até mais do que paulo e colocar, na ponta dessas minhas considerações, o que ele deixou corajosamente dito em Romanos, Capítulo 7, versículos 14-24: “Sabemos que a Lei é espiritual; eu, porém, sou carnal, vendido ao pecado como escravo. De fato, não entendo o que faço, pois não faço o que quero, mas o que detesto. Ora, se faço o que não quero, estou concordando que a Lei é boa. No caso, já não sou eu que estou agindo, mas sim o pecado que habita em mim. De fato, estou ciente de que o bem não habita em mim, isto é, na minha carne. Pois querer o bem está ao meu alcance, não, porém, realizá-lo. Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero. Ora, se faço aquilo que não quero, então já não sou eu que estou agindo, mas o pecado que habita em mim. Portanto, descubro em mim esta lei: quando quero fazer o bem, é o mal que se me apresenta. Como homem interior, ponho toda a minha satisfação na Lei de Deus; mas sinto em meus membros outra lei, que luta contra a lei de minha mente e me aprisiona na lei do pecado, que está nos meus membros. Infeliz que eu sou! Quem me libertará deste corpo de morte? Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Em suma: pela minha mente sirvo à Lei de Deus, mas pela carne sirvo à lei do pecado”. Por isso, saio de mim, não, não, e não! Nem assim vocês que me lêem. Longe de choques provocados por tais palavras de paulo, sentimo-nos aliviados pela consciência do que somos nesse mim e nesse si de vocês e de tantos incontáveis outros de todos os tempos, de todas as raças, de todas as condições sociais, econômicas, financeiras, políticas, carregadores desse peso como representações inamovíveis por humano querer. Qual peso? Aquele que nos exibe seja como herodes, ou como pilatos, ou como anás, ou como caifaz. São representações que se não limitam ao tempo histórico dos citados conhecidos personagens, mas abrangentes de uma abrangência como a de um mundo de suporte da precipitação de um infeliz anjo perdedor de uma guerra, no céu: Lúcifer. E, como se ainda não bastassem os herodes ou pilatos ou anás ou caifaz, ainda se nos deparam os pedros, que negam, os judas, que traem, os paulos e tantos quantos outros mais, teimosos de representáveis salvações personais. Ah, como são tantos esses que se vestem numa veste dita especial. A representação dos herodes e dos pilatos, como dominantes, na órbita civil dos tempos de guerra das armas que matam ou dos tempos ditos de paz com a cobrança a contragosto do que se chama imposto ou a representação dos anás e caifaz, como dominantes, em órbita dita religiosa, como pretensiosos aprisionadores de D-, enquanto se arvorem de vontade de homem. Todos, os anás e os caifaz, cada um deles, como já dito, em suas roupas especiais, carregadas de cores de significações diversas. Pois há os de vestes e os desvestidos, para ambos a roupa é um vale nada. Eus integrados a D-, assim: D-Eus. Eus sem paramentos, vontade pura de D- a salvá-los das influências de carne de mundo acidental provisório onde o Mal vive a rodeá-lo. Mas o eu personal, que teimoso! Por certo, dentre todos os disfarces do anjo do Mal, esse enganador seja o maior, o tal eu personal. Não há ser nascido de mulher imune a suas influências. Ele é gordo de ânsias. Os homens, como dominantes ou como dominados, a ele se subordinam. Submetem-se a uma organização e valorizam tudo em torno dela. E haja personagens. Eles fazem por onde seja difícil entrar no mim de cada um dos indivíduos personalizados. Assumem-se como se o senhor de tudo. A academia é o novo paraíso. Tudo depende dela. Os homens jogam o jogo das influências de homem. Dizem-se uns sábios, outros, cientistas, políticos. Rotulam-se. E assim, como dito já bem no início deste texto, o contexto fica intrincado e de difícil penetração. O “conhece-te a ti mesmo” cede lugar que resulta institucionalizado. Então, o que vale não é o meu mim, muito menos o si de vocês que me lêem. A imaginação e a memória do “essencial” do acidental do mundo ganham a condição de farol, pelo qual todos se devem uma adequação. E se faz do conhecimento compartimentos intrincados, tantas vezes de complicado entendimento. Quer ver se digo verdade? Abra um compêndio de matemática, outro de biologia, outro de física, outro de química. Na literatura, a ficção passeia numa ação criadora e criativa de cadeia de fatos e pessoas como se de uma realidade pujante. E na religião? Tem-se a tônica de uma pessoalidade. Não poderia ser diferente, quando o grandioso disfarce enganador atende pelo nome eu personal.  Veja-se o homem que prega, sim, lembrando que pregar é dizer o mesmo que bater o prego. Ou seja, bate-se tantas e tantas vezes e o propósito é este mesmo de insistir, insistir, insistir, fazer entrar na cabeça das pessoas aquilo que se pretende como um direcionamento. Termina sempre o pregador como “a estrela”, como o centro, assim prevalecendo o eu personal. O Eu, que, infinito (sem limites), eterno (de sempre), sem mesmo precisar, recebe do eu personal o passo apressado de quem sempre quer chegar primeiro, na “crista dos acontecimentos”, como se costuma dizer, tratando-se um tal comportamento nada mais do que simples e pura ilusão; ilusão, contudo, que lhe é uma “festa”, a contagiante e inebriante sensação de se sentir bem, como “dono do pedaço”. Daí a grandiosa dificuldade de anuir a cruel realidade alhures tão bem explanada por paulo, antes de se admitirem o meu mim e o si de quem quer que seja consoante aquela descrição paulina, o eu personal avantaja-se como se pudesse ser mais do que sempre é menos, porque acidental provisório, mesmo com um respectivo “essencial” do dito acidental, dono exclusivo de um criar imaginoso e também memorial. E os homens aceitam-se nessas circunstâncias, por lhes ser mais aceitável a dominância do eu personal do que a cruel realidade de seus membros, mediante os quais só agem no Mal que neles se retém, advindo da precipitação daquele anjo Lúcifer para o mundo da criação de uma lux de um fiat, ao que bem sabe o “essencial “ do acidental provisório, mas D-, com Eus = D-Eus, infinito, eterno, se assim se epifaniza, inclusive em relação àquele anjo, por amor e por razão Dele é que isto plenamente justifica. Então, coragem de paulo x eu personal eclipsante; debalde.

SER MUNDO, QUE TÃO FÁCIL E COMPLICADO É

SER MUNDO, QUE TÃO FÁCIL E COMPLICADO É

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

Ser mundo, que tão fácil e complicado é. Mundo é o acidental provisório que se torna “essencial”, pois, sem ele (o acidental), deste “essencial” se não poderia ter noção mínima ou mesmo noção nenhuma. O “essencial” do acidental move-se num mover nada parecido com o mover do acidental provisório do mundo. Por que nada parecido? É que ele é tanto criativo, via imaginação, via memória, limitado, mesmo assim passível de uma cumulatividade de sua historicidade, enquanto o acidental, em si mesmo, é estúpido de uma vocação de auto destruição, tal como a lesma que se consome à proporção que se vai deslocando, como reconhecido pelo salmista (Salmos, Capítulo 58), no que trata acerca do Mal, especificamente no versículo 8, onde alude àquele invertebrado tão aparentemente interessante quanto prisioneiro de uma realidade cruel, refém de um próprio andar consumativo, assim como, aliás, acontece com o conjunto dos seres vivos, mundo acidental provisório que propriamente o somos também e em autodestruição escatológica. Lado outro, que nem lado é, nem assim o pode ser pelo “essencial” do mundo, o verdadeiro essencial livra-se de ser assim ou assado, eis que eterno (de sempre), infinito (de ilimitado). Esse mundo acidental provisório, bem ou mal, o conhecemos, de alguma forma, pelo seu “essencial”. Aprendemos sua aprendizagem. Aliás, desde o nosso começo quando bebê, como ele tanto se desenvolve!, adentrando o academicismo, tal como agora, neste texto e contexto, que é tanto acidental provisório e nada essencial de verdade, mas tudo de “essencial” por parecer conter aquele; necessariamente. Então, aquele “essencial” necessário ao acidental nada nadifica nem edifica o verdadeiro essencial, que se entende, no provisório acidental, pelo “essencial”, como D-. Este, amor, razão, celestial de cenário sem ser, com anjos, arcanjos, querubins e serafins, tantos, tantos, tantos, tantos, em “matemática sem contas”. Dentre os anjos, o acidental provisório, pelo seu “essencial”, estima e agasalha um anjo Lúcifer, mesmo bem mais próximo de D-, por mistério envolvido com semente do Mal. É mistério mesmo, o mundo acidental, pelo seu “essencial”, assim estima mas não ultrapassa nada além desse não ser não sendo mistério! Por isso, em “clima” que direcionava como para uma porta de saída, apontando um estranho querer contraposto ao do divino D-, assim aquele Mal de mistério. Ele era a beleza, a formosura, fazendo comércio de si mesmo (Ezequiel, Capítulo 28 versículos 17 e 18), na “luciférica” contraposição, segundo a qual se pretendia assumir como D-. Mas D-, lucífero, em fiat lux, já suplantando Lúcifer, em guerra, com o Unigênito Filho, que é Miguel arcanjo, venceu-o, e o amor e razão de D-, incompatíveis com o aniquilamento dele Lúcifer, precipitou-o para a terra do mundo decorrente da lux daquele fiat. Ora, o “clima” de céu se transporta para a terra não somente via uma precipitação, como a de um Lúcifer angelical, mas também com Eus que fazem com que se integre D- com Eus = D-Eus, assim podendo nos expressar só mesmo em uma língua como a nossa, a portuguesa, que privilégio! Pois a pobreza da língua inglesa, por exemplo, de God, para D-Eus, não nos permitiria tamanha facilidade de expressão. Esse Eu, na terra, veio como um residido em carne de Adão e em carne de Eva, com divino soprar que torna ânimo de alma. E esse Eu, do céu, como do céu, também, o precipitado Lúcifer, o lugar de proteção para aquele foi em paradisíaco jardim edênico, onde delícias se sobrepõem ao conhecimento. Enquanto Lúcifer, agora diabo ou demônio, ficou a dominar o mundo todo, vivendo a rodeá-lo (Jó, Capítulo 1, versículo 7, 1ª Pedro, Capítulo 5, versículo 8 e 1ª João, Capítulo 5, versículo 19, parte final). Ele que, com o disfarce de falante-serpente, enganou a Eva e a Adão, fazendo-os cair em desobediência, razão por que foram expulsos do jardim paradisíaco. Em todos os tempos seguintes, o mundo é o derredor desse jardim, onde labutam os homens e as mulheres. E um processo de representação, nesses tempos, inevitavelmente, mortifica-os, sempre e cada vez mais. Porque os homens e as mulheres desse derredor são mundo. E o Mal é intrínseco ao mundo. Assim, no mundo acidental provisório, a vida, acidental provisória, submetida a um fim (escatologia), abriga provisórios vivos, entre os quais, homens e mulheres. Estes, quando não sendo herodes, são pilatos; quando não sendo anás, são caifaz. E, pior, ainda, não escapam dos pedros, que negam, não escapam dos judas, que traem, não escapam dos paulos e de outros tantos, enquanto personalizando salvações. Nessas colocações, atribuídas a tempos diversos, e totais, os citados personagens não devem ser apenas os históricos de um certo e determinado tempo, mas abrangentes de sentido, em todas as direções temporais. Observar é preciso que tanto o mundo para onde precipitado Lucifer como a carne dos Adãos e das Evas padecem do que, corajosamente, está proclamado em Romanos, Capítulo e versículos já citados alhures: “Sabemos que a Lei é espiritual; eu, porém, sou carnal, vendido ao pecado como escravo. De fato, não entendo o que faço, pois não faço o que quero, mas o que detesto. Ora, se faço o que não quero, estou concordando que a Lei é boa. No caso, já não sou eu que estou agindo, mas sim o pecado que habita em mim. De fato, estou ciente de que o bem não habita em mim, isto é, na minha carne. Pois querer o bem está ao meu alcance, não, porém, realizá-lo. Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero. Ora, se faço aquilo que não quero, então já não sou eu que estou agindo, mas o pecado que habita em mim. Portanto, descubro em mim esta lei: quando quero fazer o bem, é o mal que se me apresenta. Como homem interior, ponho toda a minha satisfação na Lei de Deus; mas sinto em meus membros outra lei, que luta contra a lei de minha mente e me aprisiona na lei do pecado, que está nos meus membros. Infeliz que eu sou! Quem me libertará deste corpo de morte? Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Em suma: pela minha mente sirvo à Lei de Deus, mas pela carne sirvo à lei do pecado”. Portanto, o vigor advindo das delícias edênicas a Adão e a Eva, era em tal eficácia que, embora expulsos do jardim, a visita da iniquidade dos pais nos filhos (Êxodo, Capítulo 20, versículo 5) precisou de gerações e de gerações e de gerações para o vir diminuindo (aquele vigor). Tanto que, ali mais próximo do ato da expulsão, nomes, tantos deles, somaram anos de vida que homens de hoje ficam na expectativa-limite que é de apenas um somatório de até 120 anos (Gênesis, Capítulo 6, versículo 3), enquanto os daquelas antigas gerações somavam mais de novecentos anos de vida, a exemplo de Matusalém. Isto é apenas demonstração do lado característico, inafastável, de um mundo acidental provisório, mesmo contando com um “essencial”; demonstração puríssima de que o acidental provisório, originário de uma lux de um fiat, caminha, inexoravelmente, para um fim (escatologia). Então, tanto o Eu, como o Lúcifer precipitado expõem-se às fraquezas do mundo, que é onde se aninham tantos disfarces, hoje, cada vez ainda maiores do que o disfarce de uma falante-serpente que agiu no paraíso. Como expostos são os Adãos e as Evas do derredor daquele paraíso, derredor esse que é o mundo, o acidental, provisório, pelo respectivo “essencial”, co-manda tanto as diabruras como os acuados Eus, ambos reféns da condição provisória do mundo que implica a fraqueza da carne a causar influência tanto a diabruras como a Eus desobedientes. Embora impossível, a libertação do mundo acidental e o respectivo “essencial” desse mundo cessam-se nas suas provisoriedades e, sem eles, o texto e o contexto deste acadêmico fruto  nada influem ao verdadeiro essencial. Este não é o sendo nada que se grafa assim, sem nenhum soar vocálico: D-; contudo, pela vontade nem de mundo acidental provisório nem mesmo de seu respectivo “essencial”, mas daquele D-, por ele, não direta, mas pelo Unigênito Filho, os Eus assistem o e assistem ao impacto de arma poderosa (Gênesis, Capítulo 3, versículo 15), que fere cabeça de Mal e o prende, para livrar os ditos Eus das influências de carne, e assim serem salvos, com, em e por D-EUS. Enfim, ser mundo, que tão fácil e complicado é. Fácil, em razão de apenas um “porquê” para o seu aspecto intrínseco de limitação, vocacionado a um fim; complicado, por serem tantos os “porquês” que se não bastam, eis que, na esteira destes, há, ainda, os “para quês”, um emaranhado, portanto, como de uma contramão que desafia sodalícios acadêmicos de toda a ordem, precisando os homens e as mulheres, acidentais provisórios, no “essencial” de suas imaginações e de suas memórias, porem como em códigos seus os códigos próprios que se exibem estúpidos em vocação do fim de fim a que se prendem. Daí que o arrastar inevitável da lesma não impede, antes propicia a criação paralela de um fiat lux, decorrente e nada semelhante àquele do essencial verdadeiro. Mergulham os homens e as mulheres num perfeccionismo acadêmico penoso e tão difícil, em compartimentos ditos de ciência (do falar, do ser e do ter), com a exigência de um viver social levando-os em papéis daqueles já mencionados personagens; personagens que Paulo teve a suprema coragem de proclamar existirem a partir dele próprio, conquanto a santidade que lhe explica um lado que lado não é, na fé que nos faz a todos com Eus resididos em D-Eus, do verdadeiro essencial, infinito (sem limites), eterno (de sempre). E aqui, neste texto e contexto, o “essencial” de doriel assim acidental e assim provisório, sem assim ou sem assado de essencial e sem assim ou sem assado de verdade, mas inconsciência, com ressurrecto Eu, de morte de influências de mundo acidental provisório, por vontade de D.. Então, ser mundo, que tão fácil e complicado é.