SABEDORIA E VERDADE

SABEDORIA E VERDADE

Provérbios 25:11 Como maçã de ouro em salva de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.

Concordo com a sentença do sábio Salomão. Mas, é preciso que a maçã de ouro seja verdadeira, nunca sendo ela de um ouro de tolo. Pessoas há que, a pretexto de se exibirem sábias, não se dão conta de que a maçã e o ouro de suas pretensões são meras artimanhas do inimigo de Deus; e, nelas, caem todas vergonhosamente. Então, se a maçã é enganosa e enganoso o ouro, a palavra porventura dita opera nada mais que como maçãs que não são maçãs e ouro que nunca o foi. É que são palavras ditas irrefletidamente. E, nessa linha da irreflexão, tendem a atrair os incautos, que são tantos. Daí, a proliferação de tantas maçãs e de tanto ouro em que o mundo se deixa funcionar como atrativo, como armadilha em que tantos se deixam prender como presas de suas próprias cobiças. 

Assim, é preciso, mesmo, que o homem e a mulher, revestidos da força do espírito, transmentalizem-se em verdadeiros artífices do ouro e da prata, porém em espírito. Sim, como simples artesão que trabalha o ouro e a prata, sabem eles ou, mais do que sabem, intuem eles o real momento em que o metal, em espírito, neles, produz a luminosidade isenta de impurezas, refletindo, nele, as (suas) próprias imagens, aquelas que só os olhos de espírito a podem ver. Aqui, então, reside a garantia de intuição operante e operosa, que muda e transforma o mundo. Sabem o homem e a mulher de sua transitoriedade, porque o ouro e a prata, trabalhados, não são nem ouro nem prata de verdade, mas a força do espírito que os eleva, na dimensão homem-espírito e também na dimensão mulher-espírito. Em suma, é a parte do Eu de cada um que, somada, implica a irrealidade bendita que é Deus e que, mesmo com ouro ou prata ou mesmo sem eles e sem até mesmo o trabalho profícuo do artífice, se impõe como essa irrealidade eterna e infinita, que independe do parecer, seja qual for ele, de qualquer homem, de qualquer mulher, nascido ou nascida desta. 

Torço, sinceramente, e sin cera, sem cera é a (minha) irrealidade bendita em força de espírito, nada hercúlea, simplesmente movida de fé e pela fé, como certeza inabalável acerca daquilo que se não vê. E eu dizia que torço, sin cera, para que a (minha) maçã e a (minha)  prata e a (minha) palavra se traduzam em irrealidades que, por serem assim, jamais comportariam um possessivo pronome “minha”, livre e solto dos parênteses de proteção contra os egoísmos deste mundo, mesmo assim, para melhor compreensão, aqui ainda aparecendo entre aspas. Tudo bem certo porque produzido longe do que seja matéria material, na qual se costumem, os não despertos em espírito, em colocarem cera nas fissuras das matérias de suas artes que julgam do céu e portanto divinas. Mas, como dizia, minha esperança, minha torcida é que não haja matéria, mas despertar espiritual na carne. Nesta, até que por haver fissuras, onde o engodo da cera lhe tapa os buracos e as fissuras, de onde e a partir de onde se constroem as maçãs apodrecidas dos ouros de tolos; e a prata que não é prata; e a palavra que jamais vai emitir poder poderoso, porque não são ditas em momento certo, porque certa, de início, deveriam ser elas próprias; daí que próprio jamais poderá ser o sentido destas; em tudo, enfim, tudo engano, tudo engodo.

Eu tenho(?), melhor seria dizer Eu tem ou melhor ainda seria dizer o Eu tem maçãs e ouro e prata de verdade que (minhas) não são e jamais poderão ser, porque das suas benditas irrealidades cuida esse Eu do início da frase, o qual não se confunde com essa minha realidade de carne, de cujas pontas de seus dedos lança estas verdades num tablet como este iPad! Eu, pois, jamais se engana por mais ágeis sejam esses dedos sob o comando de um cérebro de carne (meu).

Cuide disso também a tua carne, leitor, e o Eu que não é poderoso em ti também participa da festa no Céu que muito mais alegre fica, pela verdade que se lhe tornou sabida, sem mistura com sabedoria de homens. 

Sejam as maçãs, as pratas e as palavras algo que tua fé, leitor, não possas ver nem tocar, contudo se assegurem como palavras ditas ao seu tempo, que é o tempo de Deus! 

SAINDO DA CONFUSÃO

SAINDO DE CONFUSÃO 

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

Batei e abrir-se-vos-á”. O bater e o abrir é de você e para você, montanha de carne, de nervos, de músculos e de ossos? Recolha-se, ah, se todos se recolhessem a uma pobreza de salvação de carne! É como se visse um sinal e por isso a desistência viria normalmente, como a se imbuir de uma verdade: isto jamais pode ser comigo. 

Parece uma coisa louca de louco, mas não é. 

Estou teclando, aqui, provocado por uma frase de efeito. E logo se diz: “foi Ele quem disse assim”, querendo-se dissuadir quem o contrarie, sendo impossível isso, porque ele é quem é a autoridade e por isso pode dizer tudo e fica dito, enfim. E nem foi ele mesmo quem disse assim, mas assim alguém no seu lugar o disse. O que gera confusão é exatamente isso. O homem há de ser respeitado, e tudo quanto disse é para ser acatado, de plano. Tudo porque a linguagem cifrada é para atender a  um propósito. 

Outra: “Buscai e achareis”. Será você quem acha depois de procurar? Você vai estar ali, cheio de querer, dono de uma ânsia de se apropriar, muitas vezes pode ser a conquista de uma estrela. Você a quer só para si. Ou o sol, você não quer ninguém se banhando de sua luz. Deve iluminar só você. 

Ah, que direção tão causadora de confusão. E tem uma destinação assim mesmo. E dizer que são palavras dele. Mas se sabe que não são. Chamam de evangelho, que significa boa nova, de uma escrituração sinótica, três deles, destacando-se no modo de narrar e na destinação. E se diz que um foi direcionado a judeus (Mateus), outro a romanos (Marcos), outro a gentios (Lucas) e outro a cristãos (João).

Você que me lê já se põe meio tonto, meio tonta, “que será que este autor está querendo dizer?”, pois das duas uma: ou se “pede e recebe” e se “busca e se acha” na mísera escala de mundo ou o Eu em mim e em ti, leitor, leitora, querendo Deus, as carnes, os nervos, os músculos e os ossos submissos, habitantes do enorme derredor do Éden, que é o mundo, se demoram em ações como a de bons samaritanos (Lucas, 10, 30-37); se dispõem a encher talhas que podem conter água que se transforma em vinho (João, 11, 1-12, especialmente o versículo 7); se determinam a retirar pedra e abrir sepulcro de quem ali jaz morto há dias (João, 11, 39-44, especialmente os versículos 39 a 41); aceitam-se sucumbidos, pela própria força bruta aparentemente suicida, destruindo edificação inimiga e, com ela, os que nela se encontravam em diversões e zombarias (Juízes, Capítulo 13 e seguintes); aceitam a ordem e lançam suas redes de pesca à direita do barco (João, 21, versículos 1 a 6); aceitam-se obedientes para falarem de Deus (Jonas, Capítulos 1, 2 e 3); não se deixam recriminar por um “vade retro, satanás”(Marcos, 8, versículos 27 a 33); não precisam ver para crer (João, 20, versículos 26 a 29); adocicam, por meio de salmos, o coração devorado por violências e guerras (Salmos, de 1 a 150, apesar de 1 Samuel, Capítulo 18, versículos 25 a 27, apesar de 2Samuel, Capítulo 11, versículos 1 a 27 e muitos outros episódios violentos); reconhecem-se com pecado e, por isso, nunca atiram nem a primeira, quanto mais tantas outras pedras (João, 8, versículos 2 a 11, especialmente o versículo 7); aceitam, mesmo após duvidar, por vezes, banharem-se em água prometida como de cura (2Reis, 5, versículos 1 a 14); são batizados, em água, de religiosos processos e que fazem diminuídas as tensões de maldades por respeito aos benéficos efeitos de chacras, em sua dimensão corpórea e psíquica (1Pedro, 3, versículo 21); tentam levar de vencida o ego e esperam superar tentações (Mateus, 4, versículos 1 a 11); tentam conduzir-se por sendas bem-aventuradas (Mateus, 5, versículos 1 a 48); comportam-se como ovelhas que aceitam pastores de lobos por eles pastores presos (João, 10, versículos 1 a 15); não se fazem pródigos, porque tentam uma vida de respeito aos estágios naturais dela (Lucas, 15, versículos 11 a 32); ao darem uma esmola, tentam não permitirem anunciar, por trombetas, a satisfação do seu ego (Mateus, 6, versículo 2); aceitam não serem dignos de entrarem e cearem com Jesus (Apocalipse, 3, versículo 20); consideram relevantes as ações (como está em Mateus, 25, versículo 35) em favor de quem tem fome (de todo tipo de fome), de quem tem sede (de todo o tipo de sede), de quem está nu (de todo o tipo de nudez), de quem está preso (de todo o tipo de prisão), de quem está doente (de todo o tipo de doença)…

Viu, atento leitor, atenta leitora, é melhor refrear-se, que essa conformação de mundo-limite de limitação cada vez mais limitada padece, sendo perigoso um “buscar e um achar” da parte dele, “um pedir e um receber” de sua parte, pois se “há de ser feita vontade de Deus e não a minha nem a sua”, leitor, leitora, toda aquela demonstração humana-divina em carne pela carne só mesmo a divina vontade de Deus a pode tornar propícia.

Então, mais do que convir, convencido de impotência, afasto-me de tolas pretensões que não as posso ter nem tu, leitor, leitora, também, em “pedir para receber”, em “buscar para achar”. Só se for para este mundo. Aquietemo-nos. Deus, amor, bondade, misericórdia “busca e acha”. Deus, amor, bondade, misericórdia “pede e recebe”; para mim, para você, para todos. Ele pede ao Filho e busca, por ele, tudo isso de graça, com graça e pela graça.

DESFAZENDO CONFUSÕES

DESFAZENDO CONFUSŌES

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

     A liberdade que o amor de Deus proporciona – porque propícia pelo lado Dele manifesto, em sede celestial e de mundo – deixa-se à conta exclusiva de quem a ela se destina. Afinal, um anjo e mais um terço de outros (não umas tantas pedras!) terminaram precipitados para o mundo criado. Esses entes celestes sabiam discernir entre aceitarem-se, ou não, como canais receptores do mal que aquela liberdade contém. A não ser assim, os entes do céu, como anjos, seriam uns predestinados por Deus a se exibirem desprovidos de vontades, vontades obviamente sem prevalência ante aquela do próprio Deus. Entenda-se como vontade de letra inicial minúscula de anjo e de homem caídos. Aliás, desse entendimento não se faz refém o amor-central-estático-essencial (Deus), com Vontade de letra inicial maiúscula, sobretudo para quem tolhido da liberdade, quando e enquanto conjugada com o mal. Essa conjugação atingiu olhos de espírito em Lúcifer e em outros anjos, estes seguindo aquele no propósito de fazer comércio do esplendor da beleza luciferina, pretendendo serem tais quais Deus (Ezequiel, 28, 17 e 18). São, destarte,  perdedores de guerra, no céu (Apocalipse, 12, 7). Mas o amor de Deus, por assim o ser (amor), continua mantendo aquela liberdade a quaisquer entes celestes e àqueles já transpostos do céu, por precipitação, para o mundo (Apocalipse, 12, 9); portanto, do céu para o mundo criado, de tal sorte que este mundo é sob o Maligno (Jó, 1, 7, Romanos, 7, 14-25, I Pedro, 5, 8, I João, 5, 19, parte final); leiam, leiam e releiam.

        Deus criador, diferente de um agir solitário e singular de um fazer de luz (fiat lux), numa trina convocação Dele com o Filho e o Espírito Santo, terminaram criando, do barro, o homem e, a mulher, de uma costela daquele, ambos com ânimo de alma de sopro divino, inocentes, passando a habitarem um jardim de delícias. E, aquela mesma liberdade que coube aos anjos precipitados, tanto assim destinou-a Deus às criaturas postas naquele jardim. O anjo maior, ente celeste já então no mundo, sob a astúcia da contaminação do mal, fez por onde, de passagem, penetrasse aquele jardim onde nunca fixou residência, mas fez o pior dos estragos: enganou os privilegiados habitantes dali; pior, o Eu neles habitado se deixou influenciar. Então, a grande queda aconteceu. Os habitantes usufrutuários das delícias edênicas foram expulsos do jardim, por haverem perdido o estado de proteção e de inocência e também o Eu neles residente; passaram a habitar o grandioso derredor do dito jardim, que é o mundo todo, com os exatos ambientes sob os quais jazem os entes celestes malignos, agora serpentes do engano do mal (o conhecimento); este, sem dúvida alguma, contraposto àquele referido estado de inocência e de proteção.

    Aquele privilegiado casal, um complexo de carnes, de nervos, de músculos, de ossos, carregava o sopro divino que tornava cada um alma vivente. A liberdade, tal qual como a dos anjos caídos, mexeu com uma constituição protegida que, enfim, perdeu essa condição de sopro divino imortal. Com a queda e a expulsão deles do jardim, avultou o animal, cujo ânimo de sopro divino se relativizou com a mortalidade, seja do próprio ânimo referido em si, seja da carne, dos nervos, dos músculos, dos ossos.

      Ressaltar convém que os malditos anjos e agora o maldito mundo, que inclui a terra, toda ela, obviamente, sob o Maligno, como já se comprovou, passaram a constituir o imenso derredor do jardim de delícias, assim já se disse mas não custa repetir. Este é o palco onde o grandioso embate assoma assaz intrincado, havendo imperiosa necessidade de uma anulação de vontade de homem e dos tais anjos com letra inicial minúscula, pois prevalecente é aquela com letra inicial maiúscula de Deus. A guerra no céu, alhures referida, tanto quanto a astúcia da invasão do jardim, centra-se entre o Mal e Deus. No primeiro episódio, foi Miguel arcanjo quem, como propriamente o Filho Amado de Deus, combateu e terminou vencendo os anjos rebeldes, já se sabendo que terminaram eles sendo precipitados para o mundo. Relativamente à astúcia, o mais grave não reside em expulsão do jardim, mas o confronto espiritual entre o Mal e Deus, com o traço divino no casal, o Eu, fazendo-se frágil ante as influências de carne.

       A resposta eficaz de Deus não adveio como por uma nova precipitação, porque esta já se corporificara. Foi, então, mediante uma promessa: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” – Gênesis, 3, 15.

       Serás tu, leitor, leitora, com a tua carne, com os teus músculos, com os teus nervos, com os teus ossos ou mesmo este pobre mim também de carne, de músculos, de nervos e de ossos que ora aqui tecla produzindo este texto quem porfiará com a arma que fere cabeça?

     Homens e mulheres que nutrem a certeza de que sim, de que eles próprios ferem cabeça, coitados, é porque pobremente pobre se entorpecem de venenos de eus personais gordos de ânsias de uma vontade minúscula; são esquecidos e desvalidos, a vontade com letra inicial maiúscula, de Deus, longe de ocupações e de preocupações com a montanha de carne que vive numa constante suplicação.

    Pois aquele primeiro embate, no céu, se foi como continua sendo todo ele para os entes celestes que ainda se pretendam rebelar, se foi – vínhamos querendo dizer – uma batalha espiritual, também espiritual é o enfrentamento entre o Cristo e o Mal, este com arma que somente pode ferir até o calcanhar e Aquele com arma que fere cabeça. Tal como se operou, por vontade maiúscula, de Deus, o resgate do Eu residido em Jesus de Nazaré, só a mesma e única vontade é que atua no idêntico resgate do Eu em mim e do Eu em ti, leitor, leitora, pela suprema vontade de Deus, de nada valendo esforço de quem se centra em vontade sua, pretendendo aquele resgate. Estes que assim se anestesiam quando não são herodes, são pilatos, quando não são anás, são caifaz, tomados esses personagens não só na nesga de tempo de suas existências, mas em amplo sentido para todos os tempos. E ainda há a se considerar os pedros que negam, os judas que traem, os joões e os tiagos que trovejam pretensões pessoais, os paulos que se regozijam com a certeza de graças. Cabe, ainda, esclarecer que, na linhagem civil, os herodes e os pilatos representam os que, em tempos ditos de paz, arrancam, a contragosto, o salgado imposto e, na linhagem militar, os que, em tempos ditos de guerra, se fartam das armas que matam; na linhagem religiosa, os anás e os caifaz são os que se nutrem de certeza de serem representantes aprisionadores de Deus. Esta “engenharia” de propósitos pertence ao mundo, mas, por vontade divina, por seu amor, unicamente, em batalha espiritual, resgata, assim como resgatado o Eu em Jesus de Nazaré e em outros seletos e ditos santos, resgata – vínhamos considerando – o Eu de meu pobre mim e o Eu de teu pobre ti, leitor e leitora.

     Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam ações como a do bom samaritano (Lucas, 10, 30-37); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, por suas mãos, se dispõem a encher talhas que podem conter água que se transforma em vinho (João, 11, 1-12, especialmente o versículo 7); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam a determinação de retirar pedra e abrir sepulcro de quem ali jaz morto há dias (João, 11, 39-44, especialmente os versículos 39 a 41); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que se aceitam sucumbidos, pela própria força bruta aparentemente suicida, destruindo edificação inimiga e, com ela, os que nela se encontravam em diversões e zombarias (Juízes, Capítulo 13 e seguintes); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que aceitam a ordem e lançam suas redes de pesca à direita do barco (João, 21, versículos 1 a 6); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que, de fugitivos, aceitam-se obedientes para falarem de Deus (Jonas, Capítulos 1, 2 e 3); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que não se deixam recriminar por um “vade retro, satanás”(Marcos, 8, versículos 27 a 33); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que não precisam ver para crer (João, 20, versículos 26 a 29); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que adocicam, por meio de salmos, o coração devorado por violências e guerras (Salmos, de 1 a 150, apesar de 1 Samuel, Capítulo 18, versículos 25 a 27, apesar de 2Samuel, Capítulo 11, versículos 1 a 27 e muitos outros episódios violentos); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que se reconhecem com pecado e, por isso, nunca atiram nem a primeira, quanto mais tantas outras pedras (João, 8, versículos 2 a 11, especialmente o versículo 7); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que aceitam, mesmo após duvidar, por vezes, banharem-se em água prometida como de cura (2Reis, 5, versículos 1 a 14); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que são batizados, em água, de religiosos processos e que fazem diminuídas as tensões de maldades por respeito aos benéficos efeitos de chacras, em sua dimensão corpórea e psíquica (1Pedro, 3, versículo 21); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que tentam levar de vencida o ego e esperam superar tentações (Mateus, 4, versículos 1 a 11); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que tentam conduzir-se por sendas bem-aventuradas (Mateus, 5, versículos 1 a 48); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que se comportam como ovelhas que aceitam pastores de lobos por eles pastores presos (João, 10, versículos 1 a 15); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que não se fazem pródigos, porque tentam uma vida de respeito aos estágios naturais dela (Lucas, 15, versículos 11 a 32); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que, ao darem uma esmola, tentam não permitirem anunciar, por trombetas, a satisfação do seu ego (Mateus, 6, versículo 2); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que aceitam não serem dignos de entrarem e cearem com Jesus (Apocalipse, 3, versículo 20); Deus querendo, o homem e a mulher, habitantes do imenso derredor do jardim primevo, encarnam os que consideram relevantes as ações (como está em Mateus,  25, versículo 35) em favor de quem tem fome (de todo tipo de fome), de quem tem sede (de todo o tipo de sede), de quem está nu (de todo o tipo de nudez), de quem está preso (de todo o tipo de prisão), de quem está doente (de todo o tipo de doença)…

      Portanto, desfazem-se confusōes nunca jamais por um querer de homem ou de um querer de mulher, já que estes, com a queda e a expulsão do ambiente divino de proteção, tiveram, com isso, avultada a sua condição animal. E, no mundo, eles, com suas vontades com letra inicial minúscula, perderam a conexão com Deus. Resta-lhes, e assim têm feito no evoluir do tempo e do processo civilizatório, na linhagem civil, humanizando a sociedade; na linhagem militar, destruindo com o mínimo de perdas de vidas humanas; na linhagem religiosa, com a consciência de que tudo depende de Deus.

     Então, sem necessidade de súplicas, quando menos se espera, testemunha-se o agir de Deus, que é só amor e bondade e misericórdia; para os Eus, em novel jardim – o de Getsêmani. Afinal, os Eus hão de ser reintegrados em D- de… D-Eus!  

      Preciso dizer mais?

PERGUNTA QUE CONVÉM FAZER RESPOSTA QUE CONVÉM SE DAR

PERGUNTA QUE CONVÉM FAZER

RESPOSTA QUE CONVÉM SE DAR

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

 Jó 2: 9. Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre. 

Jó 2: 10. Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal?  

      O mal a que Jó se refere é de Deus ou do próprio mal? E o recebimento do mal em um futuro do pretérito, o que quer dizer? Note-se que o recebimento do bem é colocado em futuro do presente. Colocado assim, quero, em pobre querer meu, que se deixe Deus, por ser amor, livre de insinuações, tanto mais de afirmação direta de mal como Dele advindo. Pois se flagra em desmedido engano quem O desvia para essa via autoral de maldade. Aliás, realça o mal a própria pergunta, num futuro pretérito nunca passível de consumação da parte de quem é amor. É claro que, de Deus, onipresente, onipotente, onisciente, o próprio mal, mistério para a finitude do homem, era-Lhe, contudo, como tudo enfim, do sempre (do eterno) e do sem limites (do infinito). Não cabe sequer parecer-Lhe o elemento surpresa, por ter Lúcifer, anjo que o assistia  no céu, aceitado o nascer de uma semente tão perigosa. É próprio do amor divino não pôr limites; o contrário seria o mesmo que O negar. Por isso, a liberdade plena, fruto do amor, mesmo no caso de um ente do céu, como o tal anjo, o desejo de ser Deus, com o esplendor de sua beleza, explica o comércio que pretendeu fazer dela. Debalde, contudo; Miguel arcanjo, ele que é mesmo o Cristo Unigênito, guerreou contra Lúcifer, vencendo-o, no sentido de trazê-lo preso. Ainda assim, o amor de Deus não o teria sido (amor), caso fizesse de sua derrota um despojo. Não o fez assim, mas o precipitou para o mundo. Ora, isto leva à inevitável conclusão de que o ser que tecla e produz este texto e os que o leem, por serem do mundo, criados do barro, com alma que os fazem viventes, carregam, consigo, a carga de maldade a que a coragem e honestidade do homem paulo dito apóstolo destinou aos romanos de sua época de vivo da vida tão abundante que se nos destina, enfim… É o Lúcifer agora não mais Lúcifer, mas o precipitado anjo que, neste mundo, se disfarça em falante serpente. E todos os homens e mulheres, sem exceção, carregam-no consigo, na carne. Pois somos não habitantes de um jardim edênico de delícias, mas reais habitantes do mundo, este que é exatamente o imenso derredor daquele saudoso jardim. Disso nos faz provado e comprovado a atenta leitura de Jó, 1, 7, de Romanos, 7, 14-25, de I Pedro, 5, 8, de I João, 5, 19, parte final. Convém, então, não prosseguir sem tomar em mãos a Bíblia e ler cada uma das mencionadas referências. Façam assim cada leitor e cada leitora, sem largar sua condição de mundo de uma encarnação a que se não pode fugir, sendo mesmo basilar como ser e a não ele ser propriamente poder se acercar de Não-ser. Esse Não-ser, também anjo, porque do céu, é, no homem, uma realidade do mal, e sua condição de céu, ainda nele presente, pobre carne de homem que jamais, de fraca, o poderia enfrentar. Mas unicamente Deus, pelo Unigênito Filho, o Cristo, sim! Então, nessa condição, desprevenidos do estado de inocência, homens e mulheres livram-se do carimbo dos herodes e dos pilatos, e dos anás e dos caifaz, e dos pedros que negam, e dos judas que traem, e dos joões e dos tiagos que trovejam pessoais pretensões, e dos paulos que pessoalizam graças, se e quando e quanto, em limite de carne, solidários com os homens e solitários com Deus, busquem o armistício com o mal para uma vida social de paz, de concórdia, de compreensão e, destarte, passarem a uma Páscoa suave do sossego do bom viver irrepetível. Eis o facilitador, no agrado ao divino, para que o aspecto celeste do angelical transformado em serpente, neste mundo, caia na esparrela de lutar contra o Filho amado, o Cristo, e perder tantas quantas sejam as guerras que Deus quiser que se trave entre eles, para resgate do Eu habitante da carne de escolhidos. A vitória é sempre certa para o Cristo, numa batalha espiritual, onde se tercem armas, de um lado, a do mal com eficiência de só poder ferir até o calcanhar, e, de outro, a arma do Cristo, que fere cabeça. É claro que calcanhar e cabeça nesse comparativo se realçam como elementos de sentido conotativo, nunca, pois, que se tenha a realidade de calcanhar nem de cabeça. É que a batalha é espiritual e as armas envolvidas nela, também. Então, recebemos o mal do mal, na carne; e, de Deus, só o bem, só o bem, só o bem, aos Eus resgatados. E Jó deve ter querido dizer exatamente isso…

MARCHA PÁRA JESUS

MARCHA PÁRA JESUS

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

     Realmente, ele não está parado só por causa de uma marcha. Essa Sua condição estática de mundo reside em Se Lhe haver estagnado um público ministério que abraçou e viveu; intensamente viveu. Hoje, na visão e nos ouvidos de uma multidão presente e agitada de ruas, de avenidas e de praças que se multiplica em aparelhos de rádio e de televisão, Ele é mostrado e bem demonstrado numa paralisia que se contrapõe ao dinamismo contagiante de um ministério de tantas realizações sagradas em situações de profanos. Ele então é feito parado no sentido verbal de uma voz passiva, de modo tal a Lhe não se poder imputar culpa nenhuma. A multidão em delírio segue uma marcha cuja destinação se inclina para Ele; assumem-se e se dizem convictos de serem Dele. Todavia, não se dão conta de que O estão lançando numa paralisia de quantos não enxergam que, no lugar dessa marcha que pára, o para de uma destinação e de uma finalidade morre a falta do “amai-vos como eu vos amei”. Pois amam assim, na exata consonância dessa angular frase, se com fé e sem pretensões pessoais, os que encarnam bons samaritanos (Lucas, Capítulo 10, versículos 30 a 37); os que se dispõem a encher, por suas mãos, talhas que podem conter água que se transforma em vinho (João, Capítulo 2, versículos 1 a 12, especialmente o versículo 7); os que se assumem com coragem para tirarem a pedra que tranca sepulturas e verem ressurrecta a carne de um morto (João, Capítulo 11, 39 a 44, especialmente os versículos 39 e 41); os que se aceitam sucumbidos, pela própria força bruta aparentemente suicida, destruindo edificação inimiga e, com ela, os que nela se encontravam em diversões e zombarias (Juízes, Capítulo 13 e seguintes); os que aceitam a ordem e lançam suas redes de pesca à direita do barco (João, Capítulo 21, versículos 1 a 6); os que, de fugitivos, aceitam-se obedientes para falarem de Deus (Jonas, Capítulos 1, 2 e 3); os que não se deixam recriminar por um “vade retro, satanás”(Marcos, Capítulo 8, versículos 27 a 33); os que não precisam ver para crer (João, Capítulo 20, versículos 26 a 29); os que adocicam, por meio de salmos, o coração devorado por violências e guerras (Salmos, de 1 a 150, apesar de 1 Samuel, Capítulo 18, versículos 25 a 27, apesar de 2Samuel, Capítulo 11, versículos 1 a 27 e muitos outros episódios violentos); os que se reconhecem com pecado e, por isso, nunca atiram nem a primeira, quanto mais tantas outras pedras (João, Capítulo 8, versículos 2 a 11, especialmente o versículo 7); os que aceitam, mesmo após duvidar, por vezes, banharem-se em água prometida como de cura (2Reis, Capítulo 5, versículos 1 a 14); os que são batizados, em água, de religiosos processos e que fazem diminuídas as tensões de maldades por respeito aos benéficos efeitos de chacras, em sua dimensão corpórea e psíquica (1Pedro, Capítulo 3, versículo 21);  os que tentam levar de vencida o ego e esperam superar tentações (Mateus, Capítulo 4, versículos 1 a 11); os que tentam conduzir-se por sendas bem-aventuradas (Mateus, Capítulo 5, versículos 1 a 48); os que se comportam como ovelhas que aceitam pastores de lobos por eles pastores presos (João, Capítulo 10, versículos 1 a 15); os que não se fazem pródigos, porque tentam uma vida de respeito aos estágios naturais dela (Lucas, Capítulo 15, versículos 11 a 32); os que, ao darem uma esmola, tentam não permitirem anunciar, por trombetas, a satisfação do seu ego (Mateus, Capítulo 6, versículo 2); os que aceitam não serem dignos de entrarem e cearem com Jesus (Apocalipse, Capítulo 3, versículo 20); os que consideram relevantes as ações (como está em Mateus, Capítulo 25, versículo 35) em favor de quem tem fome (de todo tipo de fome), de quem tem sede (de todo o tipo de sede), de quem está nu (de todo o tipo de nudez), de quem está preso (de todo o tipo de prisão), de quem está doente (de todo o tipo de doença)…