SER MUNDO, QUE TÃO FÁCIL E COMPLICADO É

SER MUNDO, QUE TÃO FÁCIL E COMPLICADO É

(Para iniciados e iniciandos, letras mortas para profanos)

Ser mundo, que tão fácil e complicado é. Mundo é o acidental provisório que se torna “essencial”, pois, sem ele (o acidental), deste “essencial” se não poderia ter noção mínima ou mesmo noção nenhuma. O “essencial” do acidental move-se num mover nada parecido com o mover do acidental provisório do mundo. Por que nada parecido? É que ele é tanto criativo, via imaginação, via memória, limitado, mesmo assim passível de uma cumulatividade de sua historicidade, enquanto o acidental, em si mesmo, é estúpido de uma vocação de auto destruição, tal como a lesma que se consome à proporção que se vai deslocando, como reconhecido pelo salmista (Salmos, Capítulo 58), no que trata acerca do Mal, especificamente no versículo 8, onde alude àquele invertebrado tão aparentemente interessante quanto prisioneiro de uma realidade cruel, refém de um próprio andar consumativo, assim como, aliás, acontece com o conjunto dos seres vivos, mundo acidental provisório que propriamente o somos também e em autodestruição escatológica. Lado outro, que nem lado é, nem assim o pode ser pelo “essencial” do mundo, o verdadeiro essencial livra-se de ser assim ou assado, eis que eterno (de sempre), infinito (de ilimitado). Esse mundo acidental provisório, bem ou mal, o conhecemos, de alguma forma, pelo seu “essencial”. Aprendemos sua aprendizagem. Aliás, desde o nosso começo quando bebê, como ele tanto se desenvolve!, adentrando o academicismo, tal como agora, neste texto e contexto, que é tanto acidental provisório e nada essencial de verdade, mas tudo de “essencial” por parecer conter aquele; necessariamente. Então, aquele “essencial” necessário ao acidental nada nadifica nem edifica o verdadeiro essencial, que se entende, no provisório acidental, pelo “essencial”, como D-. Este, amor, razão, celestial de cenário sem ser, com anjos, arcanjos, querubins e serafins, tantos, tantos, tantos, tantos, em “matemática sem contas”. Dentre os anjos, o acidental provisório, pelo seu “essencial”, estima e agasalha um anjo Lúcifer, mesmo bem mais próximo de D-, por mistério envolvido com semente do Mal. É mistério mesmo, o mundo acidental, pelo seu “essencial”, assim estima mas não ultrapassa nada além desse não ser não sendo mistério! Por isso, em “clima” que direcionava como para uma porta de saída, apontando um estranho querer contraposto ao do divino D-, assim aquele Mal de mistério. Ele era a beleza, a formosura, fazendo comércio de si mesmo (Ezequiel, Capítulo 28 versículos 17 e 18), na “luciférica” contraposição, segundo a qual se pretendia assumir como D-. Mas D-, lucífero, em fiat lux, já suplantando Lúcifer, em guerra, com o Unigênito Filho, que é Miguel arcanjo, venceu-o, e o amor e razão de D-, incompatíveis com o aniquilamento dele Lúcifer, precipitou-o para a terra do mundo decorrente da lux daquele fiat. Ora, o “clima” de céu se transporta para a terra não somente via uma precipitação, como a de um Lúcifer angelical, mas também com Eus que fazem com que se integre D- com Eus = D-Eus, assim podendo nos expressar só mesmo em uma língua como a nossa, a portuguesa, que privilégio! Pois a pobreza da língua inglesa, por exemplo, de God, para D-Eus, não nos permitiria tamanha facilidade de expressão. Esse Eu, na terra, veio como um residido em carne de Adão e em carne de Eva, com divino soprar que torna ânimo de alma. E esse Eu, do céu, como do céu, também, o precipitado Lúcifer, o lugar de proteção para aquele foi em paradisíaco jardim edênico, onde delícias se sobrepõem ao conhecimento. Enquanto Lúcifer, agora diabo ou demônio, ficou a dominar o mundo todo, vivendo a rodeá-lo (Jó, Capítulo 1, versículo 7, 1ª Pedro, Capítulo 5, versículo 8 e 1ª João, Capítulo 5, versículo 19, parte final). Ele que, com o disfarce de falante-serpente, enganou a Eva e a Adão, fazendo-os cair em desobediência, razão por que foram expulsos do jardim paradisíaco. Em todos os tempos seguintes, o mundo é o derredor desse jardim, onde labutam os homens e as mulheres. E um processo de representação, nesses tempos, inevitavelmente, mortifica-os, sempre e cada vez mais. Porque os homens e as mulheres desse derredor são mundo. E o Mal é intrínseco ao mundo. Assim, no mundo acidental provisório, a vida, acidental provisória, submetida a um fim (escatologia), abriga provisórios vivos, entre os quais, homens e mulheres. Estes, quando não sendo herodes, são pilatos; quando não sendo anás, são caifaz. E, pior, ainda, não escapam dos pedros, que negam, não escapam dos judas, que traem, não escapam dos paulos e de outros tantos, enquanto personalizando salvações. Nessas colocações, atribuídas a tempos diversos, e totais, os citados personagens não devem ser apenas os históricos de um certo e determinado tempo, mas abrangentes de sentido, em todas as direções temporais. Observar é preciso que tanto o mundo para onde precipitado Lucifer como a carne dos Adãos e das Evas padecem do que, corajosamente, está proclamado em Romanos, Capítulo e versículos já citados alhures: “Sabemos que a Lei é espiritual; eu, porém, sou carnal, vendido ao pecado como escravo. De fato, não entendo o que faço, pois não faço o que quero, mas o que detesto. Ora, se faço o que não quero, estou concordando que a Lei é boa. No caso, já não sou eu que estou agindo, mas sim o pecado que habita em mim. De fato, estou ciente de que o bem não habita em mim, isto é, na minha carne. Pois querer o bem está ao meu alcance, não, porém, realizá-lo. Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero. Ora, se faço aquilo que não quero, então já não sou eu que estou agindo, mas o pecado que habita em mim. Portanto, descubro em mim esta lei: quando quero fazer o bem, é o mal que se me apresenta. Como homem interior, ponho toda a minha satisfação na Lei de Deus; mas sinto em meus membros outra lei, que luta contra a lei de minha mente e me aprisiona na lei do pecado, que está nos meus membros. Infeliz que eu sou! Quem me libertará deste corpo de morte? Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Em suma: pela minha mente sirvo à Lei de Deus, mas pela carne sirvo à lei do pecado”. Portanto, o vigor advindo das delícias edênicas a Adão e a Eva, era em tal eficácia que, embora expulsos do jardim, a visita da iniquidade dos pais nos filhos (Êxodo, Capítulo 20, versículo 5) precisou de gerações e de gerações e de gerações para o vir diminuindo (aquele vigor). Tanto que, ali mais próximo do ato da expulsão, nomes, tantos deles, somaram anos de vida que homens de hoje ficam na expectativa-limite que é de apenas um somatório de até 120 anos (Gênesis, Capítulo 6, versículo 3), enquanto os daquelas antigas gerações somavam mais de novecentos anos de vida, a exemplo de Matusalém. Isto é apenas demonstração do lado característico, inafastável, de um mundo acidental provisório, mesmo contando com um “essencial”; demonstração puríssima de que o acidental provisório, originário de uma lux de um fiat, caminha, inexoravelmente, para um fim (escatologia). Então, tanto o Eu, como o Lúcifer precipitado expõem-se às fraquezas do mundo, que é onde se aninham tantos disfarces, hoje, cada vez ainda maiores do que o disfarce de uma falante-serpente que agiu no paraíso. Como expostos são os Adãos e as Evas do derredor daquele paraíso, derredor esse que é o mundo, o acidental, provisório, pelo respectivo “essencial”, co-manda tanto as diabruras como os acuados Eus, ambos reféns da condição provisória do mundo que implica a fraqueza da carne a causar influência tanto a diabruras como a Eus desobedientes. Embora impossível, a libertação do mundo acidental e o respectivo “essencial” desse mundo cessam-se nas suas provisoriedades e, sem eles, o texto e o contexto deste acadêmico fruto  nada influem ao verdadeiro essencial. Este não é o sendo nada que se grafa assim, sem nenhum soar vocálico: D-; contudo, pela vontade nem de mundo acidental provisório nem mesmo de seu respectivo “essencial”, mas daquele D-, por ele, não direta, mas pelo Unigênito Filho, os Eus assistem o e assistem ao impacto de arma poderosa (Gênesis, Capítulo 3, versículo 15), que fere cabeça de Mal e o prende, para livrar os ditos Eus das influências de carne, e assim serem salvos, com, em e por D-EUS. Enfim, ser mundo, que tão fácil e complicado é. Fácil, em razão de apenas um “porquê” para o seu aspecto intrínseco de limitação, vocacionado a um fim; complicado, por serem tantos os “porquês” que se não bastam, eis que, na esteira destes, há, ainda, os “para quês”, um emaranhado, portanto, como de uma contramão que desafia sodalícios acadêmicos de toda a ordem, precisando os homens e as mulheres, acidentais provisórios, no “essencial” de suas imaginações e de suas memórias, porem como em códigos seus os códigos próprios que se exibem estúpidos em vocação do fim de fim a que se prendem. Daí que o arrastar inevitável da lesma não impede, antes propicia a criação paralela de um fiat lux, decorrente e nada semelhante àquele do essencial verdadeiro. Mergulham os homens e as mulheres num perfeccionismo acadêmico penoso e tão difícil, em compartimentos ditos de ciência (do falar, do ser e do ter), com a exigência de um viver social levando-os em papéis daqueles já mencionados personagens; personagens que Paulo teve a suprema coragem de proclamar existirem a partir dele próprio, conquanto a santidade que lhe explica um lado que lado não é, na fé que nos faz a todos com Eus resididos em D-Eus, do verdadeiro essencial, infinito (sem limites), eterno (de sempre). E aqui, neste texto e contexto, o “essencial” de doriel assim acidental e assim provisório, sem assim ou sem assado de essencial e sem assim ou sem assado de verdade, mas inconsciência, com ressurrecto Eu, de morte de influências de mundo acidental provisório, por vontade de D.. Então, ser mundo, que tão fácil e complicado é.

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